De olho no futuro, café quebra barreiras e chega a novos mercados
E é justamente esse mercado de cosméticos que vem se destacando, com produtos como sabonetes, cremes hidratantes e até mesmo perfumes. Em Três Pontas (MG), a farmacêutica e bioquímica Vanessa Vilela fundou uma franquia de cosméticos feitos à base de café e vem ganhando cada vez mais espaço no setor.
Fundada há dez anos, a empresa contava inicialmente com apenas sete produtos comercializados. Hoje os negócios expandiram e chegam a alcançar 18 estados brasileiros, com quase 300 pontos de venda em todo país. Só o número de produtos comercializados subiu para 100 e a loja conta até mesmo com uma página de vendas pela internet.
Empresa de Três Pontas (MG) investe em cosméticos feitos à base de café (Foto: Bruno de Oliveira/G1)
Vanessa conta que a ideia do projeto surgiu com a intenção de produzir cosméticos que pudessem ser uma opção diferenciada dentre as opções que o consumidor já encontra no mercado de beleza.
“Sempre fui apaixonada por cosméticos. E como vivo na maior região produtora de café do mundo, ao montar o plano de negócios da minha empresa, surgiu a ideia: por que não fazer uma pesquisa para saber se esse grão teria algum benefício para a nossa pele?”, conta.
Dentre ganhos e perdas, ela atribui o sucesso do seu empreendimento ao fato de apostar em uma área que é tendência no setor. “A gente tem o ônus e o bônus quando você tem uma proposta totalmente inovadora. Você tem o ônus de desbravar o mercado, mas tem o bônus, porque as pessoas realmente ficam curiosas para saber como é isso. Como será o café na cosmética?”, diz.
Hoje a empresa emprega 20 funcionários diretos e gera mais de 100 empregos indiretos. Alé,m disso, atualmente a empresa conta com três lojas próprias e outras três devem ser inauguradas no ano que vem.
Produtos oferecidos na loja de cosméticos são feitos a partir de café (Foto: Régis Melo/G1)
Café como acessório
Já em Guaranésia (MG), o grão surge como base para a criação de acessórios. A princípio, materiais que seriam descartados passaram a ser reutilizados pela ecodesigner Loli Colpa, que enxergou no café a oportunidade de criar seus artesanatos.
“A ideia de usar grãos nas criações veio do fato de eu ter o ateliê nas montanhas cafeeiras, onde o café é o astro maior”, afirma.
Artista plástica de Guaranésia cria acessórios e objetos utilizando materiais descartáveis do café (Foto: Viola Júnior)