Custo para produzir café arábica sobe 99% em oito anos no Espírito Santo

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Todo produtor, ao terminar uma safra, já começa a calcular e especular como será a próxima. Para eles, é fundamental ter boa produção e baixo custo operacional.

Objetivo que não foi alcançado em Venda Nova do Imigrante. Em oito anos, o custo de produção do café arábica na região, quase dobrou.

De 2008 a 2016, comprar fertilizantes, agrotóxicos, alugar máquinas, pagar funcionários e empréstimos ficou 99,16% mais caro. A variação no custeio da produção foi superior ao do Índice de Preços ao Consumidor (IPCA) sobre esses mesmos serviços e produtos no município (65,05%).

Os dados são do Compêndio de Estudos, que analisa os custos de produção e a rentabilidade do café, da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que escolheu os municípios de Venda Nova do Imigrante, na região de Montanhas, e Pinheiros, no Norte do Estado, para representar o Espírito Santo.

De acordo com Aroldo de Oliveira Neto, superintendente de Informações do Agronegócio da Conab, o aumento do custo de produção em Venda Nova do Imigrante deve-se em grande parte ao fato de que as despesas com mão de obra cresceram 86,13% ao longo de oito anos.

“A mão de obra ainda tem uma participação muito grande nos custos de produção em áreas de montanhas, já que o maquinário não consegue realizar o trabalho devido às características do solo”, explicou.

Para se ter ideia da diferença, de 2013 a 2016, o custo de produção do café arábica cresceu quase 67,7% em Venda Nova do Imigrante. Já em Pinheiros, o aumento foi de apenas 18,2% para o cultivo de conilon nesse mesmo período.

Segundo o superintendente de Informações do Agronegócio da Conab, a produtividade foi a responsável pela melhora nos indicadores da produção no Norte. Em 2016, a produtividade de um hectare de café conilon plantado no município era de 3,9 mil quilos e preço médio da saca de R$ 379,87. Esses fatores aliados ao baixo custo de produção trouxeram bons resultados para o município.

“Esse número de sacas colhidas é resultante do desenvolvimento de tecnologias ligadas ao café conilon e avanços tecnológicos no processo de plantio”, comentou Oliveira Neto.

Fonte: Gazeta Online (Por Siumara Gonçalves e foto de Marcelo Prest)

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