Cooxupé projeta receber menos café
Esse recuo, projeta a cooperativa, tende a fazer com que seu faturamento total diminua para R$ 3,7 bilhões neste ano – trata-se de estimativa prelimiar -, ante os R$ 3,8 bilhões calculados para o ano passado. O café representa uma fatia de aproximadamente 90% dos negócios da Cooxupé.
Ainda que a queda prevista reflita principalmente a bienalidade da safra, as cotações atuais também são pouco atraentes, até por causa da produção brasileira recorde no ano passado, quando a bienalidade foi positiva. “O produtor é sempre animado, mas está desestimulado. Os preços estão inviáveis”, afirma o presidente da cooperativa, Carlos Alberto Paulino da Costa.
Há um mês, a cotação do grão para entrega em setembro era de R$ 500, lembra Costa. Hoje, está em R$ 410. Segundo Paulino da Costa, a cooperativa tem entre 800 milhões e 1 milhão de sacas negociadas antecipadamente.
Na avaliação de Costa, o impacto desse desestímulo será sentido com mais intensidade na safra 2020/21, que está sendo preparada agora. “Já temos visto uma redução na fertilização e na pulverização dos cafezais, porque o produtor não está vendo uma perspectiva boa”, disse. “Para este ano, não vai ser tão ruim porque as safras anteriores foram boas e o produtor investiu em tratos culturais.”
No ano passado, cerca de 11 mil produtores. de um total de 14 mil cooperados, decidiram entregar seu café à Cooxupé.