Cooxupé prevê faturamento de R$ 2 bilhões

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O aumento do preço do café está favorecendo os negócios da Cooperativa Regional dos Cafeicultores em Guaxupé (Cooxupé), situada no Sul de Minas, conforme o presidente da instituição, Carlos Alberto Paulino da Costa. “A alta, que varia de 15% a 20%, dependendo do tipo de café, aconteceu nos último 15 a 20 dias”, disse.

Diante do cenário de elevação dos preços do produto e do aumento da produção, Costa estima que o faturamento da cooperativa possa chegar a R$ 1,8 bilhão. “Se a valorização continuar ou até mesmo alcançar patamares ainda mais elevados, acredito que é possível obter um faturamento da ordem de R$ 2 bilhões”, analisou. Em 2009, a receita ficou foi de cerca de R$ 1,4 bilhão.

De acordo com ele, a saca de café de 60 quilos está cotada na casa dos R$ 310. “Em alguns casos, como os dos cafés especiais, o preço chega a R$ 360″, disse. O presidente da Cooxupé ressaltou que no ano passado o valor da saca variou de R$ 250 a R$ 260. “Teve uma época que o preço chegou a R$ 240″, frisou.

A melhora dos preços do café, principal produto da pauta exportadora do agronegócio de Minas Gerais, também foi verificada pelo secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), Gilman Viana Rodrigues. 

“O café teve uma melhora de preço da ordem de 10% no mercado doméstico. E isto influencia no mercado externo. Afinal, se o importador não pagar mais, não leva. Está é a regra do mercado”, disse.

Embarques

No ano passado, a Cooxupé comercializou em torno de 4,5 milhões de sacas de café. Para este exercício, a previsão varia de 4,8 milhões a 5 milhões de sacas. “Em 2009, o problema que tivemos foi com o preço. Afinal, a produção do café é bianual e no ano passado foi marcado pela baixa”, explicou.

O presidente da cooperativa, que é a maior do mundo no setor, disse que de janeiro a maio de 2010 frente igual intervalo do exercício anterior os negócios se mantiveram estáveis tanto no que se refere ao mercado interno como internacional. Ele explicou que interferiu no resultado o pouco estoque do produto, que começou a ser colhido em maio.

“O consumo é importante, mas não é determinante. Afinal, as pessoas não alteram de forma substancial o seu consumo em razão do preço, por exemplo”, observou. Costa disse que cerca de 20% da produção é direcionada para o mercado doméstico e de 40% a 50% é exportada diretamente pela Cooxupé. “O restante é vendidos para diversos exportadores”, salientou. A cooperativa vende para 15 países, com destaque para Estados Unidos, Itália e Alemanha.

De acordo com ele, a matriz da cooperativa está em Cooxupé e ainda há um escritório em Santos (SP) e mais 16 filiais espalhadas pelo país. “No momento, não há planos de termos um escritório ou representação fora do Brasil”, disse. A Cooxupé tem atualmente cerca de 11,5 mil cooperados. “O número não varia muito, oscila entre 11 mil a 12 mil cooperado”, observou.

Conforme dados da secretaria, o café registrou alta de 21,8% nas exportações do Estado no acumulado dos primeiros cinco meses de 2010 ante igual período do ano passado, totalizando US$ 1,3 bilhão. Em 2009, o grupo café e derivados foi a principal cadeia produtiva da pauta do agronegócio, com participação de 51,5%, somando US$ 2,9 bilhões.

Fonte: Diário do Comércio

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