Cooxupé deve iniciar colheita um pouco mais cedo, diz Carlos Paulino

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A colheita de café na área de atuação da Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé (Cooxupé), no sul de Minas, principal região produtora do País, deve adiantar um pouco, iniciando na primeira quinzena de maio. Algumas microrregiões até já colhem, mas o volume ainda não é expressivo. "O clima foi favorável, com temperaturas um pouco mais altas, adiantando o desenvolvimento dos grãos", informa o presidente da Cooxupé, Carlos Alberto Paulino da Costa (foto: Ruy Baron/Valor). A Cooxupé é considerada a maior cooperativa de café do mundo e uma das maiores exportadoras do produto no Brasil.

Conforme Paulino da Costa, os cafeicultores cooperados deverão entregar este ano cerca de 3,5 milhões de sacas de café, o que corresponde a uma queda de cerca de 15% em comparação com o ano passado (4,1 milhões de sacas). "Devemos ter uma quebra", afirma Paulino da Costa, argumentando que o café tem como característica a bienalidade (um ano de safra cheia é seguido de outro com baixa colheita).

Amanhã, produtores de café, principalmente de Minas, vão se reunir com a presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Kátia Abreu, na Cooxupé. A ideia é formalizar documento reunindo as reivindicações da cafeicultura, para ser entregue ao governo. São aguardadas cerca de 200 lideranças do setor produtivo.

Um dos principais pedidos é o reajuste do preço mínimo de garantia, que atualmente é de R$ 261 a saca de arábica. Estima-se que o custo de produção está em cerca de R$ 336 a saca. A medida, no entanto, precisa ser aprovada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que se reunirá na próxima quinta-feira (25). Com o reajuste do preço de referência, políticas de apoio poderiam ser adotadas. Segundo Paulino da Costa, o produtor de café tenta segurar a produção, à espera de melhores preços.

Fonte: Agência Estado

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