Coopercam recebe visita de pesquisadores internacionais
Assim, no dia 14 de fevereiro, três pesquisadores do SEI, instituto independente de pesquisa e política especializado em desenvolvimento sustentável e questões ambientais, com sede em Estocolmo/Suécia, estiveram na Coopercam. Acompanhados pelo presidente José Márcio Rocha e pelo responsável pelas certificações Tchaikovisk Amaral, os visitantes conheceram os armazéns da Cooperativa que recebem cafés certificados 4C. O objetivo geral dos pesquisadores foi analisar e discutir as mudanças climáticas e o impacto sobre a qualidade na produção cafeeira. De forma mais específica, a meta de conceituar as mudanças climáticas em relação ao aumento da vulnerabilidade dos pequenos cafeicultores.
Tchaikovisk Amaral comenta que o assunto é muito pertinente, já que “os impactos na produção de café terão efeitos colaterais em toda a cadeia de suprimentos, incluindo varejistas, torrefadores, comerciantes e consumidores, que serão afetados pela diminuição da produção e pela perda de qualidade do produto”.
A comitiva de pesquisadores conheceu a propriedade Sítio Esperança, do cooperado Vítor Paulo de Oliveira. “Foi mostrada as lavouras de café e os procedimentos de produção, da plantação à xícara. Foi uma oportunidade interessante de mostrar os erros e acertos que podem ocorrer durante os processos. Também pudemos mostrar as diferenças de café com uma degustação. Os pesquisadores ficaram espantados com a diferença que pode haver entre os grãos”, comenta Amaral.
Pesquisadores conheceram o Sítio Esperança, do associado Coopercam Vítor Paulo de Oliveira. (Foto: Divulgação/Coopercam)
4C
O Código Comum da Comunidade Cafeeira foi criado na Alemanha em 2007 com o objetivo de valorizar e dar suporte ao setor. A logomarca “4C” representa o processo de verificação e melhoramento contínuo na produção cafeeira. Envolve toda a cadeia produtiva e garante maior sustentabilidade e uniformidade do café, da fazenda à xícara. O 4C é desenvolvido por profissionais especializados, que acompanham, orientam e mostram as novidades do setor ao produtor de café.
Trata-se de uma forma de melhorar a qualidade dos grãos de diferentes partes do globo e incluir todos os produtores interessados em aumentar a produtividade com qualidade, mas sempre com respeito com o meio ambiente.
O programa 4C não é um selo de certificação, mas pode agregar valor ao produto e facilitar a comercialização. A experiência foi tão positiva que, quatro anos depois, ele ganhou outros territórios no mundo: Colômbia, Brasil, Uganda, Kênya, Tanzânia, Vietnam, Indonésia, Guatemala, Costa do Marfim, México, Equador e Zâmbia.
Pesquisadores no Departamento de Café da Coopercam (Foto: Divulgação/Coopercam)
Fonte: Sakey Comunicação