Cooperativismo sustenta o avanço da produção brasileira de café
Após décadas de relação entre o negócio familiar e a cooperativa, o produtor garante que são muitos os benefícios de ser cooperado. Mas, para Ferreira da Silva, a falta de risco na comercialização do café é o ponto mais importante. “Sabemos que colocando o café na cooperativa conseguimos vender, também vendemos quando a gente quer e, nem que seja por um preço baixo, sabemos que vamos receber”, diz o cafeicultor.
Venda garantida
Isso acontece porque a Cooxupé oferece liquidez diária, ou seja, o produtor pode vender o seu café todos os dias, em qualquer quantidade e no momento que considerar ideal. Além da segurança na venda da commodity, Ferreira da Silva também reconhece o suporte que os produtores recebem para continuar investindo na produção com qualidade e sustentabilidade. “No ano passado, eu comprei um secador por intermédio da cooperativa e consegui pagar em três anos”, conta o produtor.
Café do cooperado
Desde criança acompanhando a produção de café dos pais, o cafeicultor Donizetti da Silva, que cultiva 10 hectares em São Pedro (SP), entrou para o grupo de cooperados em 2016. Desde então, ele já aproveitou algumas das vantagens de ser cooperado, como o financiamento de máquinas e a venda facilitada de café.
“Tem bastante benefício na Cooxupé, o meu pai sempre foi cooperado e eu entrei há dois anos”, diz Silva. Para o associado, a facilidade de venda também é a principal vantagem. “Fica mais fácil comercializar. Na hora que a gente acha que o preço está bom travamos os valores”, explica o cafeicultor.
Serviços exclusivos
O cafeicultor Marlos Antônio de Faria, que cultiva seis hectares em São Pedro (SP), também produz café em conjunto com a família. Cooperado da Cooxupé há dois anos, ele conta que sem o apoio da cooperativa, seria difícil permanecer na atividade. “Nós não teríamos onde estocar o café e nem a garantia de que vamos vender e pegar o dinheiro na hora”, diz Faria. “Se dependêssemos só do mercado não ia ser assim.”
Assistência técnica
Outro ponto bastante valorizado pelos produtores é a assistência técnica fornecida pela cooperativa. Com esse serviço, os cafeicultores conseguem fazer análise de solo e receber um diagnóstico correto sobre a situação das lavouras. Para Donizetti da Silva, a equipe de agrônomos é um diferencial importante para a produção de café de qualidade. “A assistência técnica ajuda bastante o negócio. Quando a gente precisa, os agrônomos nos dão auxílio”, conta Silva.
Produção de leite
Na propriedade de Caconde (SP), as 50 vacas da raça holandesa em lactação são mais rentáveis que a produção de café. De acordo com Ferreira da Silva, 75% do faturamento vem do leite. Embora a Cooxupé seja reconhecida pela atuação na cafeicultura, a cooperativa também atua em outras culturas da agropecuária e também colabora com a pecuária de leite do Sítio Santa Terezinha. “Eu compro sal mineral e farelo de soja da cooperativa com desconto, 30 dias de prazo para pagar, sem juros e sem pagar frete”, conta Ferreira da Silva. “É uma boa economia, no fim do mês faz diferença.”
O papel da Cooxupé
De acordo com José Eduardo Santos Júnior, superintendente desenvolvimento cooperado da Cooxupé, o diferencial da entidade é a preocupação com os seus membros. “Fazemos de tudo para fornecer todos os tipos de serviço e comodidade, tudo aquilo que ele precisa para produzir bem, com qualidade e sustentabilidade”, diz Júnior. “O cooperado é o nosso coração, nosso pulmão e o nosso cérebro. Mais de 80% dos produtores são pequenos produtores, somos uma grande cooperativa de pequenos produtores.”
Para Júnior, a grande vantagem da entidade para os seus cooperados é que eles conseguem encontrar tudo em um só lugar. “Sem a cooperativa, eu não quero dizer que o produtor não conseguiria, mas ele ia ter um mundo totalmente diferente”, diz o superintendente. “Tudo aquilo que ele encontra aqui, como financiamento, liquidez diária, armazenamento e assistência técnica, ele precisaria sair procurando no mercado.”
Como entrar para a cooperativa?
Entrar para o time de cooperados exige uma análise criteriosa. O superintendente da cooperativa conta que são avaliados vários pontos, como tipo de produção, área e a localização da propriedade, além da conduta ética do produtor rural. “Fazemos uma análise bem completa e complexa”, diz Júnior.
O cafeicultor que tiver interesse em se tornar associado deve entrar em contato com a Cooxupé para o envio das informações exigidas e aguardar a avaliação. “Todo o produtor de café de boa índole, de boa capacidade produtiva e que tiver interesse em se tornar um cooperado deve enviar uma proposta para a cooperativa”, diz o superintendente desenvolvimento cooperado da Cooxupé.