Cooperativas mostram força no campo com exemplo de boas práticas

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Fomentar boas práticas agrícolas é fundamental para pautar um futuro de sucesso no Brasil, reconhecido internacionalmente pelo seu potencial para ser o celeiro do mundo. Algumas cooperativas brasileiras já aderiram à ideia e demonstram engajamento à causa, apresentando resultados sensíveis na valorização da educação e sustentabilidade no campo.

Em 2010, dezenas de projetos realizados por produtores e associados conscientes atingiram milhares de pessoas em seus diversos grupos, irradiando oportunidades e conscientização à população rural e urbana de diversas faixas etárias.

São iniciativas assim que tornam possível ao Brasil ser uma potência em alimentos e energia limpa. “Ao difundir os hábitos sustentáveis, é possível instituir uma nova mentalidade voltada à adoção de boas práticas e diminuir de maneira significativa os danos à saúde, ambiente e qualidade de vida dos profissionais envolvidos, bem como minimizar os impactos ao meio ambiente”, afirma José Annes Marinho, gerente de educação da ANDEF (Associação Nacional de defesa Vegetal), complementando que diversas iniciativas produtivas e eficazes foram apresentadas à entidade esse ano, ao longo do XIV Prêmio Andef – que destaca atividades de responsabilidade social e ambiental.

Um dos projetos que chamou a atenção foi a iniciativa da Cooperativa Cooxupé, que em 2010 realizou 231 eventos educacionais, envolvendo mais de 26,5 mil participantes em debates e palestras sobre o uso correto e seguro de defensivos agrícolas.

Tal conscientização já surtiu efeitos. Com os eventos, as vendas dos equipamentos de proteção individuai (EPIs) aumentou em 28% nas lojas Cooxupé. além das palestras e treinamentos, foram atendidas outras 64 mil pessoas em outros projetos realizados pela cooperativa, que alcançou desde propriedades rurais até comunidades inteiras.

Já a Coplana (cooperativa dos Plantadores de Cana da Zona de Guariba) foi pioneira na implementação de uma Central de Recebimentos de Embalagens de Defensivos. A unidade, coordenada pela Divisão Agrícola, completou16 anos de trabalho em prol da preservação ambiental e da saúde da população rural. Com sua estrutura recém modernizada e ampliada, a Central teve capacidade de processamento aumentada de 20 para 90 toneladas mensais.

Os resultados obtidos pela Central da Coplaca são modelo no mundo, ao atingir a marca de 100% de devolução das embalagens de defensivos utilizadas por seus cooperados. Desde a implantação, a unidade já retirou do meio ambiente 3,1 mil toneladas de embalagens (o equivalente a 2,8 mil caminhões carregados). O descarte adequado começa com o trabalho do produtos ainda no campo, com a tríplice lavagem. Ao chegar à Coplana, as embalagens são inspecionadas e separadas. Após prensagem e enfardamento, são levadas à indústria de reciclagem.

Outra referência no setor é a atividade desenvolvida pela Coplacana, Cooperativa dos Plantadores de Cana do estado de São Paulo, dentro do projeto Implantar, realizado pelo Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (InpEV). Durante todo o ano de 2010, a Coplacana realizou ações itinerantes no estado de São Paulo para receber embalagens vazias. Nessas ocasiões, aproveitou para falar sobre a importância da aplicação segura de defensivos, abordando o uso de EPIs, tríplice lavagem e devolução em local correto.Resultados em eficácia e gestão foram notórios – a Coplacana ficou em terceiro lugar no programa, principalmente por causa da redução dos custos no processamentos das embalagens em 60%, um índice e tanto.

Quando o assunto é responsabilidade social, a Cocari também se sobressai. Por meio da campanha Cocari Solidária, em atividade desde 2005, a cooperativa estimula o voluntariado, unindo forças de cooperados, familiares e colaboradores em prol da população carente. Além disso, a instituição organiza promoções para arrecadar recursos, para distribuição integral em asilos, creches e escolas. A partir de 2008, o projeto passou a incentivar o envolvimento a comunidade na preservação ambiental, distribuindo mudas de árvores produzidas por alunos da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) de Mandaguari – esses alunos foram contratados pela Cocari, a fim de contribuir para a inclusão social de portadores de necessidades especiais.

Fonte: Alfapress

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