Cooparaiso estima queda de 44% na safra de café

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A colheita de café na área de atuação da Cooparaiso está com rendimento no beneficiamento menor que o esperado. Além da bienalidade, os grãos ficaram comprometidos por fatores climáticos, o que prejudicou no desenvolvimento dos mesmos, ocasionado uma quebra de safra maior que a prevista.

O baixo índice de chuvas no mês de dezembro e o excesso em março fizeram com que a safra encolhesse (aumento da casca do café e diminuição do tamanho do grão), pois esse era o período de enchimento e maturação dos grãos. De acordo com o Diretor de Operações, Rogério Araújo, hoje são necessários 600 litros de café em coco para fazer uma saca de 60 kg. A média do ano passado era de 480 a 500 litros para o mesmo peso.

Frustração – Na colheita do sítio São José, o cafeicultor Túlio Tubaldini pode comprovar a quebra de 25%. “Esperava 450 sacas neste ano, mas com a quebra não vai passar de 350”, diz o produtor.

Túlio fez os cálculos e garante: “a média histórica para se fazer uma saca de 60 kg girava em torno de 500 litros, neste ano são necessários 600 litros”, comenta. De acordo com o produtor essa quebra não prejudicará nos custos de produção se os preços continuarem elevados. “É necessário que os preços se mantenham no patamar de R$500, menos do que isso irá prejudicar nos custos”, afirma Tubaldini.

A frustração seria compensada na varreção, porém não foi bem como imaginava o cafeicultor. “Colhendo com máquina, sempre cai um pouco de café a mais no chão, a esperança era que na varreção pudéssemos ter mais café. Mas não foi o ocorrido. Os números continuaram os mesmos”.

Queda na região – Nos núcleos da Cooparaiso a quebra registrada pelos agrônomos gira em torno de 44%. “No município de Jacuí, embora tenhamos uma queda de 20%, a renda não está baixa, girando em torno de 49%. Mesmo assim muitos produtores tiveram perdas que podem ser significativas nesta safra”, explica Wellington Trevisan, gerente do núcleo de Jacuí.

Já na área de atuação da Cooparaiso os percentuais de renda tiveram índices menores. “Fazendo a relação dos cafés armazenados até o momento, a média foi de 44% de renda. Comparando com o ano passado, que foi de 48%, o fruto está mais cascudo e, por consequência disso, a massa do grão está menor, o que o torna mais miúdo”, ressalta o gerente de classificação da Cooparaiso, Daniel Pereira.

Quando se fala de quebra de safra, na mogiana paulista onde a cooperativa tem seu núcleo em Altinópolis, a queda está em índices maiores, conforme explicou o gerente Anderson André Silva. “Teremos 47% de quebra conforme nossa previsão em relação ao ano passado”, diz.

Safra de Qualidade – Apesar dos grãos estarem miúdos, a qualidade do café está relativamente melhor do que o ano passado, conforme afirma o diretor da Cooparaiso, Rogério Araújo.

De acordo com o gerente de classificação da cooperativa o produtor teve a oportunidade de realizar os procedimentos pós-colheita da melhor forma. “Devido a uma florada uniforme, e as boas condições de tempo durante a seca do café no terreiro, o cafeicultor pode manejar bem seus lotes obtendo assim uma melhor qualidade do seu produto”, conclui Daniel Pereira.

Fonte: Ascom Cooparaiso

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