Cooparaiso atende 600 produtores com mecanização da colheita do café

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Maquina garante agilidade na colheita do café nas lavouras e propriedades atendidas pela Cooparaiso

Maquina garante agilidade na colheita do café nas lavouras e propriedades atendidas pela Cooparaiso

O programa Colheita Nota 10 desenvolvido pela Cooparaiso (Cooperativa Regional dos Cafeicultores de São Sebastião do Paraíso) em seu quinto ano de execução está sendo considerado um sucesso pelos produtores rurais. Neste ano foram disponibilizadas mais de 30 máquinas com o objetivo de atender cerca de 600 cooperados. “O resultado é bastante satisfatório, a colheita é rápida, uniforme e o principal é que conseguimos baixar os custos com a mão-de-obra”, comemora o produtor rural Osvaldo Pedro dos Reis, que possui propriedade na região do Morro Vermelho onde um dos equipamentos foi utilizado na semana passada.

O programa Colheita Nota 10 consiste em um projeto da Cooparaiso que prevê a disponibilização de máquinas colhedoras de café próprias e de terceiros que são alugadas aos cooperadas. A iniciativa ajuda a acelerar o processo de colheita e auxilia significativamente na redução de custos da produção. O projeto é coordenado pelo Departamento de Gestão do Agronegócio da cooperativa que desenvolve todo o sistema de utilização dos equipamentos.

Somente neste ano estão sendo utilizadas nove máquinas colhedoras automotrizes de café pertencentes a Cooparaiso e outras 23 que são terceirizadas. Com este aparato a cooperativa é a segunda maior prestadora de serviços desta modalidade no País e a única cooperativa de café do Brasil neste sistema, estando classificadas entre as três maiores do Brasil que opera neste ramo. Para este ano foi estabelecido como meta atingir 600 cooperados, com a geração de mais de 15 mil horas de trabalho. Em 2012 a cooperativa utilizou 22 máquinas colheitadeiras que atenderam a 370 produtores com 11.226 horas trabalhadas, através do programa Colheita Nota 10 e Pós Colheita.

A vantagem da mecanização em relação ao trabalho manual é que dependendo do tamanho da lavoura e da produtividade, o que uma máquina produz em um dia pode ser comparado ao equivalente a produção de 10 homens em uma semana. A redução no custo da mão-de-obra pode chegar a 40%. Outro fator que ajuda a valorizar a produção é a uniformização do produto que vai para o processo de secagem. Com facilidade o café é removido da colheitadeira para uma carreta que faz o deslocamento até o secador.

O atendimento em cada comunidade é feito mediante agendamento prévio. O cooperado procura o Departamento de Gestão do Agronegócio na Matriz ou o Gerente do Núcleo da Cooperativa onde atua. Com o preenchimento da ficha de cadastro foram informados dados básicos do produtor e da propriedade para análise de fidelidade e a condição de participação do projeto ou não. A Cooparaiso também realiza uma visita técnica na propriedade, onde são coletadas informações sobre localização, área, previsão da colheita em sacas. Também são verificados aspectos como condições dos carreadores, espaçamento e demais informações que sejam úteis para elaborar a programação da colheita. O técnico analisará junto ao cooperado os procedimentos finais.

Conforme o superintendente em Relacionamento com o Cliente da cooperativa, Paulo Sérgio Elias, a Cooparaiso está financiando o custo da colheita para pagamento somente em setembro. “Nessa época o produtor está descapitalizado, ele já investiu no preparo da lavoura. Isso vai ajudar que nossos cooperados façam uma colheita mais tranquila”, diz. Ele explica que “70% do custo de mão de obra está concentrado no momento da colheita. Quanto maior for o grau de mecanização da propriedade, menor será o custo nesse momento”, completa.

Satisfeito

O Jornal do Sudoeste esteve no Sítio Santo Afonso, na região do Morro Vermelho onde a reportagem acompanhou o trabalho de coleta. Conforme o presidente da Associação dos Produtores Rurais do Morro Vermelho, Samuel Elias de Oliveira, o café é a principal atividade da comunidade e o projeto Colheita Nota 10 da Co-oparaiso abrange cerca de 60 cafeicultores. “O pessoal está muito satisfeito com os resultados do que foi proposto pela colheita, o valor do custeio com a mão de obra será reduzido, o que significa economia ao produtor, principalmente neste momento de preços em baixa, ajuda a equilibrar as despesas”, observa.

Para o produtor Osvaldo Pedro dos Reis, esta foi a primeira vez que ele adere o programa e não tem do que reclamar. “A gente fica satisfeito com isso, tudo que foi combinado está sendo feito, a colheita é rápida em pouco tempo, poucos dias o café já está todo no terreiro para ser secado, assim terei muito menos gastos”, relata. Edivino Miguel de Souza, que é o presidente do Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural Sustentável, também mora na região, elogia a iniciativa. “Tudo aquilo que vem ajudar ao produtor nós apoiamos. Esta iniciativa da cooperativa ajuda a fazer a diferença no momento da colheita. Torcemos para que seja mantido e ampliado este programa para que possa beneficiar cada vez mais produtores”, comenta.

João Batista Freiria, o João Paixão, além de ser o tesoureiro da Associação dos Produtores Rurais do Morro Vermelho é também o administrador dos trabalhados da colheitadeira na comunidade. “O trabalho nossa está funcionando muito bem, atendendo a programação que foi feita, acredito que em mais duas semanas terminaremos toda a colheita por aqui na região”, relata. Ele elogiou as máquinas novas que foram adquiridas e disponibilizadas que ajudam a fazer um serviço rápido e eficiente. “Os produtores ficam contentes e nós também porque beneficia a todos que participam”, aponta. 

Fonte: Clic Folha (Jornal do Sudoeste)

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