Contratos futuros do café se recuperam no mercado internacional

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Os contratos futuros do café seguem dentro de intervalo recente, oscilando com base em fatores técnicos e no dólar. Nesta semana, o movimento foi de recuperação, à medida que a divisa norte-americana se desvalorizou frente ao real.

Não há alterações nos fundamentos, com os atores certos de uma menor oferta global da commodity em 2021, em especial por perdas no Brasil, que está em seu ciclo de baixa na bienalidade do café arábica.

Também há registros de perdas em nações cafeeiras da América Central, em função da passagem dos furacões Eta e Iota, e de possibilidade de quebra no Vietnã por causa de tufões que afetaram o país asiático.

Na Bolsa de Nova York, o vencimento mar/21 ascendeu 365 pontos no acumulado da semana até ontem, quando encerrou o pregão a US$ 1,2735 por libra-peso. Na ICE Europe, o vencimento jan/21 do robusta fechou a US$ 1.324 por tonelada, acumulando alta de US$ 14 ante a sexta-feira passada.

O dólar encerra a semana acumulando três quedas consecutivas, negociado a R$ 5,2097, o que implica desvalorização semanal de 3,8% até o fechamento de ontem. A moeda recuou devido ao fluxo externo e à expectativa do anúncio do novo pacote fiscal do presidente eleito dos EUA, Joe Biden.

Na noite de quinta-feira, Biden anunciou o Plano de Resgate da América, que disponibilizará US$ 1,9 trilhão para aplicação em medidas de apoio direto aos mais diretamente impactados pela crise da Covid-19. Esse montante corresponde a aproximadamente 9% do PIB norte-americano.

Em relação ao clima, a Somar Meteorologia aponta manutenção de temporais em grande parte dos Estados de São Paulo e Minas Gerais neste fim de semana. Há, ainda, risco de vendavais, grandes volumes acumulados, queda de granizo, além da possibilidade de inundações e deslizamentos de terra entre São Paulo, Minas e Rio de Janeiro.

No mercado físico, o café arábica registrou, ontem, seu maior valor nominal na série histórica do indicador do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), que teve início em 1996. A variedade foi cotada a R$ 638,60/saca, avançando 2,1% na semana. O conilon caiu 0,5% no intervalo, valendo R$ 412,82/saca.

Fonte: Assessoria de Comunicação CNC