Consumo interno, vacina e clima devem ditar preços do café em 2021

Imprimir

Os contratos futuros de café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) tiveram queda de 7% (865 pontos) em 2020, considerando o vencimento março de 2021, o mais negociado. Na última quinta-feira, 31, última sessão da bolsa em 2020, o contrato para março/21 fechou a 128,25 centavos de dólar por libra-peso, em comparação com 137,90 cents no dia 2 de janeiro do ano passado.

O Escritório Carvalhaes, destacou em seu último boletim semanal de 2020 que, depois de ano excepcional, os cafeicultores brasileiros se preparam para a safra 2021/2022, que naturalmente já seria menor por causa da bianualidade da produção brasileira de café arábica.

“A forte e prolongada seca, com temperaturas médias bem acima da usual em todas as regiões produtoras de café arábica no Brasil, apontam para uma quebra significativa na safra brasileira 2021/2022”, escreve Carvalhaes.

As chuvas voltaram apenas no mês de dezembro e não podem reverter a quebra na produção brasileira de café. “Foram festejadas pelos cafeicultores porque evitarão uma quebra ainda maior. Agora é esperar que essas chuvas continuem caindo em bom volume nos meses de janeiro e fevereiro, para que os “chumbinhos” que restaram nos cafeeiros cresçam e se transformem em frutos para nossa nova safra”, explica Carvalhaes.

“Para o próximo ano, o mercado irá depender de vários fatores, como vacina contra a Covid-19, o aumento do consumo interno bem como nos bares e restaurante. E claro, o mercado seguirá de olho no clima, principalmente nas chuvas esperadas para janeiro e fevereiro”, diz Carvalhaes.

Fonte: Canal Rural