Complexo Industrial da Cooxupé é entregue aos cooperados

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Governador Anastasia, diretores da Cooxupé e convidados aplaudem investimento que amplia a capacidade de armazenagem da Cooxupé em 1,5 milhão de sacas. (Foto: Batista/Cooxupé).

Um dia histórico, pra lá de especial. Foi o que a Cooxupé proporcionou na última sexta-feira (25) aos cooperados, ao entregar a eles a primeira etapa (*) de um investimento de R$ 70 milhões: o Complexo Industrial Japy. As estruturas inauguradas ampliam a capacidade de armazenagem desta cooperativa, apontada como a maior do mundo em café, em 1,5 milhão de sacas. Estão equipadas para receber cafés a granel e descarregar o equivalente a 4.000 sacas por hora. O produto passa a ser ensacado em bags e armazenado desta forma, com auxílio de empilhadeiras mecânicas. Quando for autorizada a sua venda, este café é transferido por elevadores até um silo para então ser preparado para a comercialização, de acordo com as necessidades do mercado.

O Japy fica na BR 146, no sul de Minas, próximo ao trevo de entrada da cidade de Guaxupé. O governador Antonio Augusto Anastasia chegou pontualmente ao local, às 14h30, para descerrar a placa de inauguração junto ao presidente da Cooxupé, Carlos Paulino. Fez questão de colocar o boné da Cooxupé, “uma potência e orgulho para o nosso país” e assim saudar os cooperados. “Vocês, cafeicultores plantam o nosso ouro verde, grande riqueza do Brasil. O governo não planta, mas cabe a ele estimular o plantio. De que forma? Com a construção de estradas, para que a produção possa ser melhor escoada”, destacou Anastasia, mostrando compromisso em trabalhar de forma integrada com a classe produtora.

Deputados federais e estaduais, representantes do governo mineiro, de sindicatos, lideranças do setor cooperativista, além de autoridades regionais e municipais prestigiaram a solenidade. O presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Márcio Lopes de Freitas, apontou a Cooxupé como uma organização que sabe praticar o cooperativismo. “Vocês, cooperados, permitem que esta cooperativa construa uma cooperativismo sério e merecem o nosso reconhecimento, a nossa gratidão”, acrescentou.

Depois da bênção das instalações, público superior a 2.500 pessoas assistiu a uma demonstração de como funciona o processo totalmente automatizado do Complexo Industrial. A segunda etapa da obra, construída graças à união de pequenos, médios e grandes produtores, prevê mais 60 silos e unidade para preparo, padronização e liga dos cafés, que vão abastecer tanto o mercado interno como o externo. Deve estar concluída em setembro.

FATURAMENTO FOI RECORDE EM 2010

Pela manhã, a Cooxupé reuniu os cooperados no Complexo Industrial Japy para prestar contas do exercício encerrado em 31 de dezembro de 2010. A assembleia divulgou que o faturamento da Cooxupé saltou de R$ 1,509 bilhão em 2009 para R$ 1,771 bilhão em 2010, um aumento de 17,3%. Se levarmos em consideração a contribuição da SMC, empresa exportadora que pertence à Cooxupé, o faturamento do ano passado sobe para R$ 1,808 bilhão. Foi um ano de metas superadas, recebimento histórico (superior a 5 milhões de sacas) e liderança na exportação brasileira de café.

Da ordem do dia constou a eleição de três novos integrantes do Conselho de Administração: Antonio Carlos Moreno, de Guaranésia; Leocarlos Marques Mundim, de Monte Carmelo e Maria Liney Costa Fleury, de Alfenas. Deixaram de ser conselheiros Koiti Hojo, Marcelo Pasqua e Pedro César de Oliveira. A Diretoria Executiva permanece inalterada: Carlos Paulino, de Monte Santo de Minas, na presidência; Carlos Augusto Rodrigues de Melo de Cabo Verde, na vice-presidência; e Antonio Carlos Oliveira Martins, de Guaxupé, como diretor administrativo.

O Conselho Fiscal também mudou: Ademir Ruela (de Juruaia); Eduardo Lana da Cruz (Serra do Salitre), Elias Jorge Zenun (Campestre) e Mário Cezar Ferrari (Caconde) unem-se a Amauri Dias (Alpinópolis) e Ronaldo Miareli (Campos Gerais).

PALESTRA DE REBELO ANTECEDEU ASSEMBLEIA

A preocupação de se colocar em votação o Código Florestal Brasileiro até junho deste ano foi citada pela Cooxupé em seu relatório de gestão, entregue aos cooperados na assembleia de 25 de março. Para reforçar a importância de se buscar, na legislação, um equilíbrio entre a produção e a preservação ambiental, a cooperativa recebeu o deputado federal Aldo Rebelo (PCdoB-SP), que antes da assembleia prestou esclarecimentos sobre o tema, respondendo dúvidas dos produtores, especialmente quanto à APP – Área de Preservação Permanente e reserva legal, conceito que só é aplicado pela lei em nosso país.

O deputado disse ter percorrido 23 dos 26 Estados para propor o texto que apresenta mudanças na legislação ambiental brasileira. Segundo ele, não se pode abandonar a agricultura em função do meio ambiente e vice-versa. Deve-se buscar o equilíbrio. “A preservação é uma questão mundial e o agricultor brasileiro faz isso muito bem. O grosso da poluição está nas cidades e não no campo.” Foi aplaudido de pé.

Antes de retornar a São Paulo, o deputado Aldo Rebelo cumprimentou a Cooxupé pelo empreendimento: “Investimentos no campo são fundamentais para a economia brasileira. É no campo que estão as raízes da nossa civilização.”

(*) PRIMEIRA ETAPA ENGLOBA

• 3 armazéns para bags com capacidade total para 900 mil sacas;

• Bateria de 20 silos para guardar 1.800 toneladas de café a granel. A soma total equivale a 600 mil sacas;

• Galpão para recebimento de café com 4 moegas e tombadores;

• Conjunto de 20 silos para armazenar 300 sacas cada;

• Bloco de apoio com 1000 m² de construção: oficina mecânica e elétrica, refeitórios e banheiros.

• Portaria com balança, onde são retiradas amostras e é feita a classificação dos lotes entregues pelos cooperados 

Fonte: Assessoria de Imprensa Cooxupé (Silvia Elena do Carmo Marques – MTb 17.809) 

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