Como um analista de sistemas se transformou no melhor barista do Brasil

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As áreas de atuação de Leo Moço podem não ter nenhuma conexão, já que aos 37 anos, além de ser considerado o melhor barista do país, ele é formado em Nutrição e Análise de Sistemas. Mas, com certeza, uma coisa ele tem em comum com grande parte da população brasileira: sonhos. Antes de largar carreira estável, família e amigos para correr atrás dos seus sonhos, Leo Moço foi Gestor de TI em uma das maiores redes de hotéis de sua cidade natal, o Rio de Janeiro. Foi nessa época, no ano de 2005, que leu decidiu que estava na hora de abrir seu próprio negócio.

A ideia inicial era abrir um cybercafé, mas quando começou a analisar o mercado percebeu ali outra oportunidade, um nicho de mercado ainda pouco conhecido: o dos cafés especiais. Como era difícil encontrar profissionais especializados na área, desistiu da ideia original e resolveu estudar e se especializar. Após a decisão, foi para uma fazenda em Minas Gerais, onde morou por três meses para entender melhor como funcionava a parte de processamento dos cafés, do plantio à torra. “No mesmo ano, comecei a trabalhar em uma cafeteria carioca: o Rubro Café. Lá eu era barista, atendia os clientes, preparava as bebidas e ganhava ainda mais experiência no setor. Logo depois, decidi arrendar um bar, implantado dentro da livraria Largo das Letras, no Rio de Janeiro, dando início a minha primeira experiência como empresário. Três anos mais tarde, fundei o Cafuné, também na capital carioca”, conta Leo Moço.

Um ano depois foi convidado para dar treinamento em uma cafeteria brasileira que estava para abrir em Nova Iorque. Aceitou o desafio e amadureceu muito profissionalmente. “O mercado americano de cafés especiais é consolidado, com ampla aceitação do público e o desenvolvimento dos melhores equipamentos”, comenta o profissional. De lá, Leo Moço trouxe a principal lição para abrir o próprio negócio: preço justo e alta qualidade. Quando voltou de viagem, Leo assumiu a área comercial e o marketing da fazenda Camocim, no Espírito Santo, que produz o famoso Café do Jacu, onde ficou por alguns anos estudando e entendendo ainda mais a parte do processamento dos cafés.

Depois de todas as experiências no campo e ávido por novos desafios, Leo Moço decidiu montar sua própria torrefação. Passou mais de um ano em São Paulo, estudando termodinâmica e desenvolvendo diferentes perfis de torra. Mas foi em Curitiba que ele estabeleceu seus negócios. “A paixão por esse universo cresceu e em 2009 surgiu a marca Café do Moço. Comecei vendendo meus cafés por um blog, na internet e hoje temos um grupo que engloba, além da torrefação, a cafeteria Barista Coffee Bar. O projeto nasceu com o objetivo de quebrar paradigmas e tornar o café especial uma realidade no país, entregando aos clientes a melhor bebida com preços acessíveis”, detalha o barista.

Os grãos utilizados pelo Grupo Café do Moço vêm de diversas regiões do Paraná e de outros estados brasileiros, selecionados a partir de pesquisas realizadas por Leo Moço. Cada saca recebe um carinho especial, sendo preparada com o maior cuidado possível, respeitando suas características. Em 2013, Léo foi consagrado como o Melhor Barista do país e ficou em segundo lugar no Campeonato Brasileiro de Preparo de Café, com um café fermentado com leveduras de cerveja. Em 2015, conquistou novamente o título de Melhor Barista com o primeiro resultado do projeto Red Foot, que apoia pequenos produtores do centro-norte do Paraná a melhorarem a produção de café.

Hoje, o trabalho premiado de Leo Moço pode ser saboreado em diversas regiões do país. Além do Barista Coffee Bar, na cidade de Curitiba, diversas cafeterias e restaurantes brasileiros utilizam cafés especiais desenvolvidos pela microtorrefação Café do Moço. “É um grande prazer contribuir para o fortalecimento de um setor tão importante para o país, preparando produtores e inovando na torrefação. Aos poucos, o Brasil está voltando a ser reconhecido pela qualidade e excelência de seus cafés especiais e ficamos muito felizes por participarmos disso”, completa o barista.

Para conhecer um pouco mais sobre a história do barista, acesse o site www.cafedomoco.com.br.

Fonte: P+G Comunicação Integrada (Por Bruna Bozza)

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