Como escolher um bom café – especial ou no supermercado

Imprimir

Café é útil para começar o dia ou dar aquela animada até o fim do expediente. Em reuniões é indispensável. Também é legal para marcar um primeiro encontro com alguém, caso você ache que combinar em um bar seja um pouco de pressão, e para acompanhar um bate-papo com as amigas em casa. Só que, para tudo isso dar certo, o café tem que ser bom. Se for ruim, estraga tudo que estiver ao redor.

A melhor forma de garantir o sucesso de uma “operação café” é sabendo reconhecer as pistas de sua qualidade. Conseguir conversar com baristas (os especialistas em café) também ajuda bastante na hora de comprar grãos gourmet ou especiais.

Julia Fortini, barista da Academia do Café, contou para o MdeMulher quais são os principais pontos a se prestar atenção. Vamos lá!

Em primeiro lugar, os tipos de grãos

Existem dois tipos de grãos: arábica e robusta. O café bom de verdade é sempre do tipo arábica, que exige mais cuidados da plantação à colheita e possibilita a criação de bebidas variadas e ricas tanto em sabor quanto em aroma. Já o robusta é um café de rápido crescimento e que recebe pouca atenção. Além disso, tem o dobro de cafeína que o arábica, o que o torna duas vezes mais amargo e pouco versátil; as bebidas feitas com ele são bem menos elaboradas.

A aparência é importante

Café não é gente, e o que importa nele é a beleza exterior. O bom grão de café tem que ser pouco ou nada brilhante. “Muito brilho significa que o grão foi torrado demais, ou por erro ou para esconder defeitos. E a bebida dele será muito mais amarga”, explica Julia.

O conjunto dos grãos também deve ser levado em consideração: quanto mais homogêneo, melhor. Eles devem ser todos mais ou menos do mesmo tamanho e com a mesma textura.

Se não der para ver os grãos, leia o rótulo

Quando o café é comprado das prateleiras do supermercado não é possível ver se os grãos são foscos ou brilhantes, de tamanhos e texturas semelhantes ou não. Até porque o café já será moído ou em pó, ou seja, sem condições de fazer essa análise.

Aí parte-se para a leitura do rótulo, que deve ter o máximo possível de informações. Julia recomenda que se procure nele:

– Tipo de grão

– Nome do produtor

– Região de origem

– Latitude e altitude da plantação

Esse rastreamento indica que a marca se interessa em “exibir” a procedência do café que vende.

Informações como calorias ou presença de nutrientes são bobagem, segundo Julia: “Nisso, todos os cafés são iguais”.

Em grão, moído ou em pó?

O melhor café, com mais características sensoriais, é feito com grãos moídos na hora. Ou seja, se for na cafeteria, que os grãos tenham sido escolhidos e passados no moedor especificamente para o café que você pediu; se for em casa, que você os tenha comprado em grãos e moído na hora de fazer a bebida.

Mas nem todo mundo tem moedor em casa, né, então tudo bem escolher grãos especiais em uma boa loja e levá-los para casa recém moídos. Basta prestar atenção aos detalhes explicados acima e tirar eventuais dúvidas com a barista do local.

O café em pó é aquele para casos de emergência mesmo, quando não há tempo ou dinheiro para comprar o café especial, mas a necessidade de tomar seu cafezinho continua em sua vida. Você não vai esperar que seja uma explosão de sabores e sensações, mas ele tem sua dignidade. Reforçando: leia bem o rótulo e seja feliz!

Dicas extras

Julia aproveitou para dar algumas dicas extras sobre conservação e modo de fazer café:

– Sempre mantenha seu café longe da luz, pois ela acelera seu processo de oxidação, o que “rouba” o sabor da bebida;

– As melhores embalagens, independentemente do formato (grão, moído ou em pó), são hermeticamente fechadas e podem ser acomodadas em temperatura ambiente ou na geladeira antes de serem abertas;

– Depois de aberta a embalagem, transfira o café para um pote de vidro com vedação bem segura (aqueles com silicone na tampa são ideais) e o consuma o quanto antes – à medida que o tempo passa, ele vai perdendo suas características;

– Antes de passar o café, escalde o filtro de papel. “Ele tem muito sabor residual, que interfere bastante no gosto da bebida”, justifica a barista. Escalde, descarte essa água quente e então proceda com a preparação de seu cafezinho.

Fonte: MdeMulher (Por Raquel Drehmer)

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *