Commodities recuam com movimento de aversão ao risco

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A possibilidade de a Grécia deixar a zona do euro reforçou o sentimento de aversão ao risco nos mercados e está pressionando as cotações da maioria das commodities nesta quarta-feira. A corrida pelo dólar sinaliza que, neste momento, investidores duvidam da formulação de um novo acordo para preservar a moeda única. Há pouco, o índice CRB, que representa uma cesta de commodities de energia, metálicas e agrícolas, recuava 1,93%, com 280,97 pontos. O petróleo WTI renovou as mínimas deste ano e opera abaixo de US$ 90 por barril – por volta das 13h50 estava em US$ 89,72.

A maioria das agrícolas registra perdas expressivas no mercado futuro, mas reage também aos fundamentos de oferta e demanda, como suco de laranja, o café arábica, o algodão e o cacau. Além da aversão ao risco, nestes casos pesa sobre o mercado a possibilidade de uma retração na demanda por matérias-primas com o agravamento da crise na Europa, especialmente de produtos que não são de primeira necessidade, como bebidas, vestuário e chocolate.

Na Bolsa de Chicago (CBOT), soma-se o fato de que os grãos vinham se valorizando nas últimas semanas. Investidores apostaram na alta dos preços, com perspectivas de clima desfavorável para lavouras nos Estados Unidos. Na terça-feira, o mercado começou a devolver esses ganhos e o movimento de hoje pode ser uma continuação. O trigo e a soja estão em queda. Apenas o milho resiste. Segundo analistas, estoques apertados da commodity nos Estados Unidos dão suporte às cotações. Além disso, o milho está mais barato do que o trigo, o que estimula a demanda da indústria de rações.

Fonte: Agência Estado

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