Comercialização da safra 2012/12 de café no Brasil é estimada em 43% até o final de setembro

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O dado faz parte de levantamento de SAFRAS & Mercado, com base em informações compiladas até 30 de setembro. Em igual período do ano passado, 56% da safra 2011/12 estava comercializada.

Com isso, já foram comercializadas 23,45 milhões de sacas de 60 quilos, tomando-se por base a estimativa de SAFRAS & Mercado, de uma safra 2012/13 de café brasileira de 54,9 milhões de sacas.

Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Gil Barabach, a comercialização segue lenta. O produtor aparece para negociar quando o preço melhora, mas volta a se esconder quando a cotação recua, o que ajuda a travar o fluxo de vendas, diz. Em meio à volatilidade da Bolsa de Mercadorias de Nova York, que guia as cotações mundiais do café, há espaços para "investidas" mais abruptas dos vendedores.

O analista observa que a referência de venda para a grande maioria dos produtores é o patamar de R$ 400,00 a saca para as melhores bebidas. E, no auge do nervosismo com o atraso nas floradas no Brasil, que resultou em elevação nos preços internacionais, o café de melhor bebida chegou a trocar de mãos acima de R$ 425,00 a saca de 60 kg. "A ideia é seguir dosando a venda, tentando aproveitar repiques de preço. Administrar posições ao longo da temporada, sem menosprezar oportunidades e buscando evitar criar bolhas de oferta para a entressafra, como aconteceu na temporada passada", advertiu Barabach.

Se o produtor está segurando café, Barabach indica que, do outro lado, a demanda internacional também continua bem fraca por grãos da origem Brasil. "Diferenciais caros e cautela diante do cenário de crise (europeia e global) justificam essa conduta. Relatórios indicam um leve amento nos estoques dos importadores, o que reforça essa postura", comenta o analista.

Ele lembra ainda que o período mais crítico de necessidade de oferta dos grandes consumidores do Hemisfério Norte ainda não chegou, que é o inverno. Estes compradores trabalham com o cenário de avanço da oferta de outras origens, bem como, com uma maior sensibilidade do produtor brasileiro. "Eles também evitam exposições em demasia, em virtude da incerteza econômica. A opção deles é trabalhar da mão-para-boca", conclui o analista.

Fonte: SAFRAS & Mercado

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