Colômbia espera “mega-colheita” de café para esse ano
O gerente da Federação Nacional de Cafeicultores (FNC), Roberto Vélez, disse que “as perspectivas seguem sendo positivas em matéria climática e em preços, de forma que prevemos uma colheita de 14,5 milhões de sacas no fechamento do ano, mais que em 2015”.
Esta colheita terminará reportando para a Colômbia receitas de US$ 2,17 milhões que “serão distribuídos aos municípios cafeeiros para dinamizar suas economias e contribuir com o país”.
Em matéria de exportações, estima-se que serão 13 milhões de sacas, mas terão que superar o atraso gerado pela greve de caminhoneiros. De um milhão de sacas projetadas para junho, apenas foram exportadas 480.000 sacas por causa da greve.
“A previsão é que em outubro ou novembro tenhamos normalizado as exportações, deixaram divisas de US$ 2,7 a US$ 3 bilhões esse ano”. Apesar desses dados, Vélez alertou ao fato de não haver mão de obra suficiente para trabalhar nos cafezais no segundo semestre.
“Esse déficit de pessoas para colher o café nos tem preocupado, porque é um tema que está se tornando conjuntural e complicado para o café, já que temos elevado a produção. Hoje, por exemplo, são necessárias 60.000 pessoas para trabalhar nos cultivos durante o segundo semestre”.
Vélez atribuiu esse fenômeno às migrações, sobretudo dos produtores rurais mais jovens às cidades, seja pela violência de suas regiões, seja porque têm se dedicado a outros cultivos, ou porque estão sando absorvidos em outros setores.
Ele disse que, apesar do que as pessoas pensam, o trabalho de colher café é bem remunerado, já que uma pessoa pode ganhar entre 40.000 e 60.000 pesos (US$ 13,40 a US$ 20) diários, o que significa uma receita de 360.000 pesos (US$ 120,5) por semana, ou seja, o dobro do salário mínimo da Colômbia, que é de 689.454 pesos (US$230.855) por mês.
Fonte: El País (Com tradução de Juliana Santin da CaféPoint)