Colômbia: com menor infestação da Broca, café mostra maior qualidade

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Durante o ano, a dinâmica da Broca-do-Café, inseto que se alimenta exclusivamente do fruto, mostrou uma baixa porcentagem de infestação, situação que está coincidindo com uma produção nacional estável e uma qualidade melhor do que as colheitas anteriores.

Foto: Ivan Padovani/Café Editora
    Foto: Ivan Padovani/Café Editora

Apesar desta boa condição sanitária do país, que durante todo o ano teve aliados como neutralidade climática e a aplicação pelos produtores de boas práticas para o manejo integrado da praga, é necessário que os cafeicultores se mantenham alertas sobre o controle do inseto, que se reproduz muito rapidamente.

Nesse sentido, a Federação Nacional de Produtores de Café (FNC) iniciou uma campanha de informação através do seu Serviço de Extensão para que os produtores mantenham medidas de controle sobre a Broca: “com material educativo composto por panfletos, mensagens de rádio e reuniões verbais, enfatizamos aos produtores a necessidade de estar conscientes de que a praga é um problema que merece toda a atenção para evitar que se ‘dispare’ de surpresa”, disse o gerente técnico da FNC, Hernando Duque.

Com a segunda estação chuvosa do ano, inicia também a colheita de café. Esses dois fatores são determinantes no ciclo de reprodução da Broca, já que a estação úmida é favorável ao seu desenvolvimento, buscando frutos maduros e iniciando um novo ciclo de reprodução, cujas populações virão infestar novos frutos nas plantações de café.

“Este ano, para as áreas do país que têm a colheita principal no segundo semestre, o maior volume de café será apresentado de 15 a 30 de novembro. Assim, há tempo suficiente para ataques de Broca em frutos desses picos de colheita. Não é conveniente pensar que, porque nos encontramos com baixos níveis do inseto, a situação será assim. A Broca é um inimigo muito dinâmico, que está sempre lá, esperando para atacar quando as condições são favoráveis”, acrescentou Duque.

Medidas de controle na plantação de café

– Colher o café oportunamente. Isso envolve fazer a colheita evitando deixar frutos maduros, muito maduros ou secos na planta, uma vez que eles podem se tornar  focos de re-infestação para os frutos que estão amadurecendo e têm mais de 200 a 210 dias de formação;

– Durante a colheita, deve-se manter fechados os pacotes de fibras utilizados pelos colhedores enquanto permanecem na plantação de café. Esta prática evita a dispersão da broca;

– Os grãos com defeitos e as flores devem ser manejados na pós-colheita, para evitar o retorno da broca para as plantações de café.

Medidas de controle no benefício

Depois que o café é colhido, o próximo passo é beneficiá-lo, ou seja, o grão é despolpado e lavado para secar. Para evitar a dispersão do inseto é necessário:

a) Colocar o café cereja no funil imediatamente após a pesagem. É preciso cobrir o funil de recepção com um plástico impregnado de gordura, de modo que as Brocas que voam fiquem presas lá;

b) Os grãos com defeitos devem ser secos em toldos no silo ou ser solarizados antes de serem levadas para o pátio de secagem.

Segundo o gerente técnico da FNC, todas as atividades que são feitas para evitar o retorno da praga para as plantações de café permitirão manter a qualidade da bebida e, com isso, melhorar a rentabilidade do cafeicultor.

As informações são da FNC/ Tradução Juliana Santin

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