Colheita está quase no fim mas a oferta é limitada

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Conforme divulgado na análise econômica mensal do Cepea, a colheita do arábica está adiantada na maioria das regiões brasileiras. Apesar disso, a oferta do grão não aumentou no mercado interno. Isso porque produtores têm vendido de maneira lenta, no aguardo de preços ainda mais altos. Além disso, muitos produtores já fecharam contratos para entrega de lotes nos próximos meses, reduzindo a disponibilidade no mercado.

Alguns agentes, no entanto, têm receio de que as vendas antecipadas signifiquem um sinal de possível queda após as entregas, tendo em vista que muitos exportadores estarão supridos, reduzindo a pressão de compra.

Segundo colaboradores do Cepea, parte dos produtores está preferindo colocar à venda primeiro os lotes de menor qualidade, já que até mesmo estes estão conseguindo preços elevados. Os cafés com maior qualidade foram reservados para
o cumprimento de vendas futuras e para situações de preços ainda maiores.

Quanto à colheita, de modo geral, todas as regiões acompanhadas pelo Cepea já ultrapassaram os 70% da produção, com a maioria restando menos de 10% da safra para colher. Assim, os trabalhos de campo devem se encerrar até outubro, o que é favorável à qualidade dos a serem grãos colhidos – já que, segundo a Somar, chuvas significativas só devem atingir as áreas cafeeiras na segunda quinzena de outubro.

Com a colheita brasileira de arábica se aproximando do final, produtores começam os tratos culturais para a próxima temporada. Para os cafezais de arábica, a boa remuneração da safra 2010/11 incentivou produtores a investirem na lavoura da temporada 2011/12.

Segundo colaboradores do Cepea, alguns produtores estão intensificando os tratos culturais e instalando sistema de irrigação, no intuito de minimizar os efeitos do clima seco, que pode prejudicar o bom andamento dos cafezais e reduzir a produção nacional na temporada 2011/12.

Os temores quanto à próxima safra brasileira, bem como à temporada atual (2010/11) de outros países produtores, estão sustentando os preços nacionais e internacionais do arábica. A Colômbia, por exemplo, pode novamente não atingir seu potencial produtivo devido à incidência de fungos nos cafezais. Segundo o diretor da Associação Nacional dos Exportadores de Café da Colômbia, Jorge Lozano, em declaração à mídia internacional, a ocorrência de fortes chuvas pode dificultar a recuperação da safra colombiana, pois reduziria a incidência solar, dificultando o crescimento dos grãos.

Fonte: As informações são do Cepea, adaptadas pela Equipe CaféPoint

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