Colheita do café no cerrado mineiro está quase no fim

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Os 20 hectares de café plantados por Sebastião Sereia, em Patrocínio, região do cerrado mineiro, foram colhidos há menos de uma semana. Agora, na hora de secar os grãos para o beneficiamento, é que o produtor constatou que o rendimento desta safra está menor. “Eu esperava colher 500 sacas em 20 hectares, mas o rendimento será de apenas 350”.

De acordo com o agrônomo da Emater Consuelo Eustáquio, o clima no período de enchimento dos grãos é o responsável pela quebra na produtividade. “Na fase de enchimento de grão teve uma deficiência de chuva, em janeiro e fevereiro, que prejudicou”.

O produtor Keinji Kitaya, também de Patrocínio, está quase terminando a colheita dos 70 hectares de café, mas mesmo com uma produção menor do que esperava, ele ainda está animado com as perspectivas de boa qualidade, justamente por conta do clima. “O clima seco favorece a secagem do grão, não há fermentação, e a boa qualidade é mantida”.

Em Patos de Minas, 70% da safra foi colhida. A metade desse total está em processo de secagem e beneficiamento.

Jerry Resende, vice-presidente da Federação dos Cafeicultores do Cerrado, explica que mais de 50% da safra já foi comercializada, antecipadamente cerca de 1/3. O preço médio foi de R$ 515. Dos negócios fechados, como a safra foi de altíssima qualidade, cerca de 90% foi destinada à exportação.

O motivo do mercado estar tão lento em plena safra, segundo Jerry, é a queda nas Bolsas de Nova York e BM&F e o dólar aproximando de R$ 1,50, devido à crise macroeconômica dos EUA e Europa.

Fonte: Globo Rural

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