Colheita do café movimenta economia no Sul de Minas

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Há 12 anos, o apanhador Santos Alexandro veio do norte de Minas Gerais atrás de uma oportunidade na safra do café em Itamogi e nunca mais voltou. Os meses de colheita são oportunidades para trabalhadores rurais aumentarem a renda nos municípios cafeeiros. Em média, um apanhador chega a ganhar R$ 1900 por mês, durante a safra.

Itamogi tem pouco mais de 10 mil habitantes, segundo o último Censo. Em média, todos os anos, o município recebe de 400 a 2 mil apanhadores na colheita de café. Em uma propriedade, onde serão colhidas mil sacas, estão 40 deles, que acabam movimentando o comércio local. De acordo com a Emater, são 7,7 mil hectares plantados com café.

Na época da safra, o município arrecada 26% a mais com o imposto sobre circulação de mercadorias e serviços, o ICMS.

O apanhador Alexandre Pereira aproveitou o primeiro pagamento da safra para quitar parte das dívidas.

Durante os três meses da safra, o comércio da cidade fica aberto até mais tarde para atender os apanhadores. Bom para José Aparecido, que depois de um dia corrido na lavoura, conseguiu encontrar o mercado aberto.

Já em Três Pontas, a valorização do café tem motivado os produtores a fazer investimentos. Em uma fazenda, o produtor Vagner Chaves está construindo um novo terreiro, a terraplanagem foi feita no ano passado e agora será possível pavimentar a área.

Vagner é produtor há 25 anos e ficou pelo menos 10 sem investir na fazenda. Em abril também comprou uma colhedora e construiu um lavador de café.

A relação entre fornecedores de implementos e produtores está como nunca se viu antes. As máquinas são comercializadas de um ano para outro. Na safra 2009/2010 foram vendidas 35 colhedoras. Do ano passado para este foram 80. Consumidores como Túlio Veloso e o sócio, que há 15 anos alugavam colhedoras de café, acabaram de investir R$ 485 mil em uma máquina novinha. "Praticamente já pagamos, hoje temos a segurança de fazer um financiamento e conseguir pagar".

Fonte: Globo Rural

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