Colheita de café em Angola com níveis baixos

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O chefe do Departamento do Instituto Nacional do Café na província de Cabinda, em Angola, considerou, na sexta-feira, ter havido uma baixa considerável na produção do café, devido ao estado de envelhecimento dos cafezais e dos agricultores.

José Alexandre Zau disse ao Jornal de Angola que a colheita ficou muito aquém da expectativa por dois factores preponderantes, mas, ainda assim, foi possível colher cerca de 239 toneladas do bago vermelho.  “A maior parte dos agricultores que cultivam café possui idade avançada, o que não corresponde às exigências da produção actual, que requer muito dispêndio físico”, notou.

O responsável disse que das 239 toneladas de café “mabuba” colhidas, apenas 165 vão ser vendidas ao Instituto Nacional do Café, em virtude dos agricultores terem optado por comercializar o resto da sua produção na República Democrático do Congo, dada a proximidade dos campos de cultivo com este país vizinho.      

Face aos problemas financeiros que o Departamento do Instituto Nacional do Café enfrenta, José Alexandre Zau disse que se torna difícil a instituição enviar o produto para Luanda, onde deve ser classificado e exportado. O chefe do Departamento do Instituto Nacional do Café assegurou que das 239 toneladas de café colhido na presente safra, 65 foram produzidas no município de Cabinda, 15 em Cacongo, 43 no Belize e 116 no madeireiro de Buco Zau,  área de maior produção e de roças familiares em plena actividade.     

O Departamento do Instituto Nacional do Café em Cabinda tem em vista o projecto de criação de viveiros, para garantir a multiplicação de cafezais, cacau e palmar para permitir a renovação dessas culturas. No instituto estão inscritos 888 roças, das quais 243 localizam-se no município de Cabinda, 88 no Cacongo, 431 no Buco Zau e 156 no Belize. 

A província dispõe de dois equipamentos de descasque de café que foram instalados na cidade de Cabinda e no município de Buco Zau, embora este último esteja avariado há dez anos. A de Cabinda é velha e tem uma capacidade de produção diária de 10 toneladas, quantidade que para José Alexandre Zau não satisfaz as exigências do mercado local. Para colmatar o défice, vai ser instalado em breve, no Buco Zau um equipamento de descasque.

Fonte: Jornal de Angola

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