CNC quer priorizar café nos programas de governo dos presidenciáveis

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O Conselho Nacional do Café (CNC) discute com lideranças do setor cafeeiro nesta quinta-feira (23), a elaboração de propostas sobre a formatação de uma política cafeeira efetiva, que serão apresentadas aos candidatos à Presidência e também candidatos a governo de estados. A reunião acontece na Cooperativa Regional dos Cafeicultores de São Sebastião do Paraíso (Cooparaiso), a partir das 14h.

O presidente do CNC, Gilson Ximenes disse que ao site Coffee Break que não poderia adiantar quais propostas seriam consideradas, pois ainda há o que se discutir sobre o assunto para a formulação final do documento. “Vamos ouvir a todos, para termos um documento amplo a ser apresentado a todos os candidatos, incluindo os postulantes a governo de estado”, disse o presidente.

A maior reivindicação do setor e que deve fazer parte da pauta que será apresentada amanhã, é a transformação das dívidas dos produtores em Cédulas de Produto Rural (CPR), com prazo de pagamento em 20 anos.

A primeira reunião promovida pelo CNC, para tratar deste tema, aconteceu em 1º de fevereiro passado, também na Cooparaiso, quando estiveram presentes todos os presidentes de cooperativas de café, com exceção da Cooxupé. À época foram elencados 15 sugestões que deveriam fazer parte da política do governo. A discussão continuou em reunião com o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Wagner Rossi, no dia 13 de maio passado, quando estiveram reunidos representantes de toda a cadeia do café: produção, torrefação, exportação e solúvel. De lá para cá, de concreto, o Ministério apenas lançou o Selo Qualidade de Café.

Lideranças do setor esperam que os futuros governantes coloquem o café como parte de seus planos de gover

Ximenes: “café é questão de segurança nacional”

O governador de Minas Gerais, Antônio Augusto Anastasia, visita nesta quinta-feira (24), a Cooperativa Regional dos Cafeicultores de São Sebastião do Paraíso (Cooparaiso), a partir das 17h, para uma reunião com lideranças do setor cafeeiro. Na semana passada o governador esteve em Três Pontas, na Expocafé 2010, e disse que “basta de palavras, é preciso ação”, referindo-se à falta de uma política cafeeira efetiva por parte do governo federal. Na ocasião, Anastasia também disse que essa política deve mesmo ser de competência da esfera federal, e que o Estado pode fazer muito pouco sobre a questão.

Entre as lideranças que já confirmaram presença na reunião de amanhã está o presidente do Conselho Nacional do Café (CNC), Gilson Ximenes, que disse esperar que o governador inclua alguma proposta para o setor em seu plano de governo, já que Anastasia é candidato ao governo de Minas. “Política de café é política de estado, uma política que não é partidária e nem depende de partidos”, disse Ximenes, argumentado sobre a fala de Anastásia em Três Pontas.

Gilson Ximenes falou que “café é uma questão de segurança nacional”, referindo-se à importância que o produto tem para o país. Para se ter uma idéia disso, a produção do café é realizada por 150 mil produtores espalhados em 620 municípios, somente em Minas Gerais, e dos produtos agrícolas é o que mais gera empregos, com cerca de quatro milhões de postos de trabalho diretos e indiretos. Além disso, é o segundo item na pauta de exportações do Estado.

Devido a magnitude da importância econômica do café também para Minas, Gilson concluiu dizendo que “o estado tem que participar da formatação de uma política para o café e não pode mais se esquivar dessa responsabilidade”.

Fonte: Coffee Break

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