CNC prevê melhor condição de venda de café entre março e maio

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O Conselho Nacional do Café (CNC), que reúne as principais cooperativas do País, pede cautela aos produtores, que têm assistido a uma forte pressão baixista sobre as cotações do grão. Os contratos futuros do produto na Bolsa de Nova York, referência para o mercado internacional, recuaram aproximadamente 13% desde o início do ano.

"Acreditamos que os produtores terão melhores condições de comercialização entre os meses de março a maio deste ano. Também para produtores que pretendem fazer vendas futuras ou vender CPRs, acreditamos que terão melhores oportunidades nesses últimos meses que antecedem a entrada da nova safra", informa em comunicado o presidente executivo do CNC, Silas Brasileiro.

Segundo ele, para o restante do ano o mercado deve apresentar grande volatilidade, o que não chega a ser novidade para os produtores. "Apesar da safra de ciclo alto, a demanda segue firme e os estoques mundiais devem permanecer em níveis ainda ligeiramente abaixo das médias históricas. O fluxo de venda da safra brasileira será decisivo para o comportamento dos preços no mercado.

Se escoados de forma ordenada, os estoques em poder dos países importadores poderão diminuir, favorecendo a manutenção de bons preços no mercado", comenta Silas. Ele diz que a causa da queda das cotações nos últimos meses deve-se, possivelmente, à expressiva transferência de estoques dos países produtores para os importadores.

De acordo com dados da Organização Internacional do Café (OIC), o total exportado pelos países produtores alcançou o volume recorde de 103,7 milhões de sacas em 2011, com um aumento de 7% sobre o ano anterior. Os bons preços no ano passado estimularam fluxos significativos de embarque, os quais levaram a uma redução dos estoques de muitos países exportadores, ao passo que aumentavam nos países importadores.

Estima-se que nos principais países compradores havia 22,3 milhões de sacas em estoque, no fim de setembro de 2011. O CNC considera que o Brasil terá baixo estoque de passagem da safra 2011/12 para a seguinte, o que pode trazer suporte aos preços. Pelas estimativas do mercado, ao fim de dezembro de 2011, os estoques de café no Brasil eram de quase 16 milhões de sacas.

Considerando que as indústrias brasileiras deverão consumir mais 7 milhões de sacas para atender a demanda interna de janeiro até maio, o País teria volume máximo de 9 milhões de sacas, que poderia ser exportado nos primeiros cinco meses do ano. Isso representaria uma média de 1,8 milhão de sacas ao mês, bem abaixo das médias mensais verificadas nos últimos anos. Nos três últimos meses de 2011, o Brasil exportou quase 9 milhões de sacas.

Fonte: Agência Estado

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