CNC estima que 40% da safra de café de MG e SP estejam no chão

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Segundo o meteorologista Paulo Etchichury, da Somar Meteorologia, não existe previsão de chuvas nas regiões cafeeiras até a primeira quinzena de setembro. Uma frente fria deve ficar restrita à região Sul.

O atraso na colheita e a perda de qualidade na safra atual se refletem na comercialização do produto. Poucos negócios vêm sendo realizados e os que foram concretizados se referem a cafés “chuvados”, que não alcançaram a excelência devido ao clima adverso, segundo o Conselho Nacional do Café (CNC). Apesar da qualidade inferior, os grãos ainda são adequados para o consumo.
 
O CNC ainda pede à Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) que apure em sua próxima estimativa oficial para a safra brasileira a perda qualitativa causada pela estiagem no período de granação e maturação dos grãos e pelas chuvas na colheita.
 
Outro ponto que trava as negociações, de acordo com a entidade, é o recuo nos preços da commodity na bolsa de Nova York, que registrou oito quedas consecutivas até o fechamento de ontem, pressionada muito mais pelos fatores macroeconômicos do que pelos fundamentais, já que o equilíbrio entre oferta e demanda globais é bem apertado.
 
O CNC acredita que os trabalhos de colheita sejam concluídos na primeira quinzena de setembro. Nas maiores regiões produtoras de café arábica do país — Minas Gerais e São Paulo —, estima-se que a queda de grãos no chão ultrapasse 40% do volume da safra.
 
Desta forma, as exportações brasileiras vêm diminuindo bastante, o que traz como consequência uma redução nos estoques internacionais. Esse quadro leva o CNC a acreditar que a partir do último trimestre do ano as indústrias serão obrigadas a vir com mais vigor para as compras, provocando aumento nos preços, trazendo os produtores de volta para as vendas e devolvendo liquidez ao mercado.

Fonte: Portal do Agronegócio

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