CNC entende que ampliação de capital para compradores equilibrará movimento de oferta e demanda durante toda a safra

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O Conselho Deliberativo da Política do Café (CDPC) aprovou, em reunião virtual realizada na segunda-feira, 29 de março, novo orçamento recorde de R$ 5,953 bilhões do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) para a safra 2021/22. Outra novidade deliberada pelo fórum foi igualar as taxas de juros de todas as linhas de financiamento, que agora terão encargos de até 5,75% ao ano.

Segundo Silas Brasileiro, presidente do Conselho Nacional do Café (CNC), entidade titular no colegiado, o aumento dos recursos se deu pela elevação R$ 242,9 milhões na linha de Financiamento para Aquisição de Café (FAC), que teve seu volume total elevado para R$ 1,354 bilhão.

“Com safras médias volumosas produzidas pelo Brasil, entendemos que fomentar o poder de compra de industriais e comerciais é importante para gerar equilíbrio no mercado, de forma que não haja preços elevados além da realidade – o que seria negativo para o futuro ao incentivar novos plantios e inchar a oferta –, tampouco que os produtores não se deparem com cotações aquém dos custos de produção e possam ter rentabilidade”, analisa.

Do total aprovado pelo CDPC, além dos R$ 1,354 bi para FAC, R$ 2,208 bilhões foram destinados para a linha de financiamento de Comercialização; R$ 1,6 bilhão para a de Custeio, R$ 630,5 milhões para Capital de Giro e R$ 160 milhões para Recuperação de Cafezais.

“Os volumes destinados ao Custeio também permitirão que os produtores possam honrar seus compromissos durante o trabalho de ‘panha’ e escoar sua colheita ao longo dos 12 meses da safra, o que permite, exatamente, um bom planejamento para se obter a rentabilidade”, conclui o presidente do CNC.

Fonte: Comunicação CNC