CNC acredita que Duogrão ajudará a aumentar o consumo interno

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O Conselho Nacional do Café (CNC) acompanhou, na última terça-feira (03/04), através dos veículos de comunicação, o lançamento do Nescafé Duogrão, produto que a Nestlé, sua fabricante, apresentou como um café microgranulado em pó solúvel com sabor e aroma de torrado e moído tradicional.

De acordo com Silas Brasileiro, presidente executivo da entidade, é positivo ver empresas como a Nestlé adotando ações que contribuam para o aumento do consumo da bebida, principalmente com foco em qualidade. “É notório todo o esforço realizado pela ABIC (Associação Brasileira da Indústria de Café) no sentido de melhorar a qualidade dos cafés consumidos no Brasil, e ver a Nestlé se preocupando em lançar produtos que contribuam com essa ideologia é fabuloso. O Duogrão tende a somar muito”, projeta.

Ele anota que o foco do trabalho do Conselho será sempre a melhoria das condições do produtor de café no Brasil, mas informa que não serão descartadas as tratativas que envolvem os demais setores. “O CNC, como componente do Conselho Deliberativo da Política do Café, além da preocupação que tem com a nossa produção, não deixará de interagir e se preocupar com a cadeia como um todo. Até porque é importante produzir, porém ainda mais importante é ter demanda pelo café que se produz”, explica.

Nessa linha, Brasileiro endossa a expectativa de crescimento no consumo interno de solúvel estimado pela Nestlé, que, atualmente, responde por apenas 9% do total. “O café solúvel não é tão consumido pelas características culturais do povo brasileiro, que se acostumou com aquele aroma de café passado na hora, no coador, ou mesmo ao espresso. Porém, mesclando essas características ao solúvel, acredito, assim como a Nestlé, que é possível incrementar a procura pelo produto”, argumenta.

O Brasil é o maior produtor de café do mundo, com safras médias anuais próximas a 45 milhões de sacas de 60 kg. Além disso, o País também é responsável pelo segundo maior consumo global da bebida, com o volume consumido alcançando 19,7 milhões de sacas, conforme dados da ABIC. “Ampliando o gosto do brasileiro pelo solúvel, temos a certeza que os passos dados no caminho à liderança mundial do consumo serão mais largos”, prevê.

O presidente executivo do CNC finaliza recordando que, para suprir o aumento da demanda, tanto interna quanto externa, a produção cafeeira nacional está bem preparada. “Acreditamos que, além de maior produtor, também seremos, em curto espaço de tempo, os maiores consumidores, mas não nos esquecendo do mercado internacional. A potencialidade do café no Brasil é fantástica. Sem aumentarmos nossa área destinada à cultura, podemos atender a todas as demandas, principalmente com o permanente trabalho de pesquisa desenvolvido pelas empresas do Consórcio de Pesquisa gerenciado pela Embrapa Café”, conclui.

Fonte: Assessoria de Comunicação CNC (Paulo A. C. Kawasaki)

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