CNA levanta custos de produção de banana, café e grãos

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A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) promoveu três painéis online do Projeto Campo Futuro na última sexta (31) e na quinta (30). Os eventos levantaram os custos de produção de banana, com produtores de Janaúba (MG); de café arábica, na região de Santa Rita do Sapucaí (MG); e de grãos, na área de Cristalina (GO).

Em Janaúba, houve alteração do modal produtivo, que passou de 10 para 15 hectares de área produtiva em relação a 2017. A produtividade média, de 25 toneladas/ha, foi mantida.

“Dentre os principais custos levantados pelos produtores para o modal representativo, podemos destacar os custos com a condução das atividades na lavoura, além do investimento necessário com irrigação que é essencial para o desenvolvimento da cultura e sucesso da atividade na região”, afirmou o assessor técnico da Comissão Nacional de Fruticultura da CNA, Erivelton Cunha.

Para o analista de agronegócios da Federação da Agricultura de Minas Gerais (Faemg), Caio Coimbra, o projeto Campo Futuro é de extrema importância para a região. “Ele permite ao produtor rural balizar o seu custo de produção com as variáveis que mais influenciam esse custo e avaliar se a receita obtida está com margem positiva ou não. Desta forma, espera-se contribuir para melhorar a gestão da propriedade rural”.

Café
No levantamento dos custos dos cafeicultores mineiros foi considerada uma propriedade modal com 20 hectares de lavoura, condução de manejo e colheita manuais e com produtividade média de 28 sacas/hectare.

Dados preliminares apontaram que a mão de obra é responsável por 49% do Custo Operacional Efetivo (COE). Outros gastos significativos são os fertilizantes (14%) e os produtos fitossanitários (8,2%). Em comparação com o ano passado, houve um aumento de R$ 56 para produzir uma saca de café.

“O produtor está tendo margem bruta positiva, o que significa que, no curto prazo, ele consegue manter a atividade. Mas, no médio e longo prazo, a margem líquida continua sendo negativa, ou seja, não cobre os custos de depreciação”, disse a assessora técnica da Comissão Nacional de Café da CNA, Raquel Miranda.

O evento teve apoio da Faemg e do Sindicato Rural de Santa Rita do Sapucaí. Além de produtores, participaram técnicos da CNA, do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) e do Cento de Inteligência de Mercado da Universidade Federal de Lavras (UFLA).

Cristalina

Na área de soja e milho pesquisada em Cristalina, os custos de produção tiveram uma pequena elevação em relação à safra anterior. Apesar disso, o cenário de boas produtividades e preços recebidos pelos produtores permitiu um quadro positivo para as atividades pesquisadas.

Em termos de produtividade com a soja, primeira safra, o modal produtivo apontou 59 sacas/ha na lavoura de sequeiro e 64 sacas/ha na lavoura irrigada. Segundo os participantes, o milho segunda safra, em sistema irrigado, alcançou 155 sacas/ha e o milho sequeiro, 125 sacas/ha.

“Foi uma condição bastante positiva, gerando receitas que proporcionaram margem líquida positiva para as lavouras”, declarou o assessor técnico da CNA, Rogério Avellar.

Fonte: Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA)