CNA e CNC debatem custos de produção da cafeicultura brasileira

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 Breno Mesquita (centro) conduz reunião da Comissão Nacional do Café da CNA

Questões relativas aos custos de produção da cafeicultura brasileira, proposições para valorizar a indicação regional do café produzido em diferentes pontos do país e a recuperação do parque cafeeiro paranaense foram temas discutidos nesta terça-feira (17) na Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). A Comissão Nacional do Café (CNC) da CNA realizou reunião com representantes das principais regiões produtoras (Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Espírito Santo e Bahia) para discutir os problemas atuais do setor e proposições para aperfeiçoar as relações dos produtores com o mercado.

Para o presidente da CNC/CNA, Breno Mesquita (foto), "um dos pontos mais importantes foi a discussão dos resultados obtidos nos painéis do projeto Campo Futuro, que indica os custos de produção, região por região".

Dados sobre os custos de produção são essenciais para mostrar, com detalhes, que o Brasil tem pelo menos três tipos de produção: cafeicultura de montanha, com uso intensivo de mão-de-obra; cafeicultura mecanizada e cafeicultura irrigada e mecanizada. Cada um desses tipos apresenta custos de produção e estruturas diferenciadas. Por isso, a CNC pretende propor
ao Governo políticas diferenciadas de apoio à produção em cada região. "É preciso levar em conta o maior ou menor impacto da mão-de-obra nos custos de produção", alerta Mesquita.

Outro ponto que ganhou destaque envolveu a questão da "indicação geográfica", proposta que poderá aprimorar a valorização do café brasileiro no futuro próximo. "Temos cafés com identidade própria, cada um com sua peculiaridade regional. Isso pode ser uma forma de agregação de valor", alerta Breno Mesquita. "Também discutimos os impactos da aplicação do PIS e do COFINS sobre o setor e as distorções que têm ocorrido ao longo da cadeia", disse.

A redução do parque cafeeiro paranaense foi tema que também recebeu atenção. Segundo o presidente da CNC/CNA, desde 1999 a área cultivada com cafezais no Paraná caiu de 140 mil hectares para 82,6 mil hectares. O principal problema no Estado envolve uma combinação entre altos custos de produção e baixos preços pagos aos agricultores. A proposta da Comissão é discutir alternativas que voltem a incentivar a produção cafeeira no Paraná. 

Fonte: Assessoria de Comunicação da CNA

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