Clima negativo perdura e café tem mais um dia de perdas na ICE

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O contrato futuro de arábica de julho tinha, há pouco, na ICE Futures US, queda de 310 pontos, com 161,30 centavos de dólar por libra peso, depois de bater na mínima de 161,15 centavos. O setembro tinha, há instantes, desvalorização de 110 pontos. De acordo com analistas internacionais, o café mantém o cenário negro vigente ao longo de toda a semana.

Depois de um início de dia em que alguma recuperação foi esboçada, com o julho batendo na máxima de 165,45 centavos, novas desacelerações começaram a ser notadas, a partir de vendas especulativas e de fundos. E, dessa forma, o mercado amplia ainda mais as perdas profundas de mais de 22 meses na bolsa nova-iorquina, com o sentimento baixista ganhando cada vez mais força. Tecnicamente, o mercado não dá demonstração de ter consistência para reverter o quadro ou ao menos buscar alguma correção, o que dá espaço para que os vendedores tenham "espaço livre" para liquidar.

A tendência, para alguns operadores, e a busca o patamar de 160,00 centavos. Se tecnicamente a situação é dramática, a tendência fica ainda pior com a influência dos mercados externos. O dólar continua a subir e afeta diretamente segmentos de risco, como as commodities. O petróleo, que despencou na quarta-feira, tem um novo dia de fortes baixas e o índice CRB recua mais de 1%. "A tendência é basicamente baixista, de curto, médio e longo prazo. Deveremos continuar caindo e a base para os preços pode ser mais baixa do que esperávamos.

O quadro é preocupante", disse um trader. As exportações mundiais de café para todos os destinos em abril tiveram queda de 12%, com 8,77 ,ilhões de sacas, segundo dados da Organização Internacional do Café. Entre outubro de 2011 e abril de 2012 — sete primeiros meses da atual temporada —, as remessas tiveram retração de 4%, com 60,3 milhões de sacas, contra 62,83 milhões de sacas embarcadas no ano anterior. Nos 12 meses encerrados em abril, as exportações de arábica somaram 64,03 milhões de sacas, contra 67,83 milhões de sacas do ano anterior, ao passo que as remessas de robusta subiram, de 35,52 para 37,96 milhões de sacas.

As exportações de café do Brasil em maio, até o dia 30, somaram 1.595.201 sacas, contra 1.445.694 sacas registradas no mesmo período de abril, informou o Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil). Tecnicamente, o julho na ICE Futures US tem uma resistência em 165,45-165,50, 166,00, 166,40-166,50, 167,00, 167,50, 168,00, 168,50, 169,00, 169,45-169,50, 169,60, 169,90-170,00, 170,50, 171,00, 171,50, 172,00, 172,50 e 173,00 centavos de dólar por libra peso, com o suporte em 161,10, 161,00, 160,50, 160,10-160,00, 159,50, 159,00, 158,50, 158,00, 157,50, 157,00 e 156,50 centavos por libra.

Fonte: Diário Agrícola

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