Certificação de produtos pelo IMA abre mercados para os produtores de Minas

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Em meio a um mercado cada vez mais competitivo, os produtores rurais têm de manter a qualidade e segurança dos alimentos para atender às exigências do consumidor final. Nesse contexto, a certificação de origem e qualidade dos produtos constitui uma importante ferramenta e um diferencial para os agricultores.

O Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) se destaca no mercado brasileiro e internacional com programas de certificação de café, queijo, cachaça e produtos orgânicos. A certificação de produtos agropecuários em Minas está prevista no art. 26 do Decreto Estadual nº 45.800 de 2011.

Café
No caso do café, o programa Certifica Minas Café (CMC), realizado juntamente com a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-MG), já certificou 1.460 propriedades rurais até o momento. Para obter essa certificação, os produtores têm de cumprir 80% de um total de 150 itens, entre os quais estão a responsabilidade social, ambiental e boas práticas de produção do grão.

Anualmente, os profissionais do Instituto visitam as propriedades e realizam auditorias no intuito de verificar se há conformidade ou não entre o modelo de produção do agricultor e o protocolo CMC.

Em maio deste ano a Associação 4C – entidade internacional que reúne setores importantes da comunidade mundial de café – e o CMC anunciaram um Acordo de Benchmarking (Equivalência), que resultou da comparação técnica de seus padrões.

Com isso, os produtores que possuem o CMC poderão obter uma Licença 4C e vender Café 4C sem a necessidade de uma auditoria de verificação específica para o Padrão 4C.

“Esta cooperação técnica dará maior visibilidade ao Certifica Minas Café e propiciará melhores negócios para os produtores, com a possibilidade de vendas para o mercado internacional”, argumenta Míriam de Souza Pinto, da Gerência de Certificação (GEC) do IMA.

Cachaça
O IMA é o maior certificador de cachaça do Brasil. Ao todo são mais de 130 alambiques, totalizando 231 marcas certificadas pelo Instituto no estado. A certificação, focada nos quesitos sociais e ambientais e boas práticas de fabricação, atende às normas do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e tem como escopo as exigências do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro) – portaria 276/2009 – , que trata do Regulamento de Auditoria de Conformidade.

Os produtores têm de cumprir 100% dos itens estabelecidos nas normas. As cachaças com certificação ganham destaque nas gôndolas dos supermercados. É o caso da Vale Verde, que é líder nacional no segmento, além da Salinas, que possui maior volume produzido e a Havana, que possui certificação em sistema orgânico.

Queijo
Em relação ao queijo são 245 agricultores cadastrados no IMA como produtores de Queijo Minas Artesanal (QMA) produzido em sete microrregiões, representadas pelo Serro, Canastra, Campo das Vertentes, Triângulo Mineiro, Cerrado, Araxá e Serra do Salitre.

“Eles têm aptidão para a produção desse queijo, cujo valor agregado é forte. O produto está presente nas receitas de restaurantes de luxo no Brasil”, ressalta Patrícia Alves Ferreira, da GEC.

O cadastramento do queijo realizado pela GEC recebe suporte do laboratório do IMA na Ceasa, em Contagem, onde é feita a análise, o que é importante para o consumidor em termos de segurança alimentar.

Para incentivar a qualidade dos queijos e valorizar o trabalho dos produtores, o Instituto cobra cursos de capacitação e faz reconhecimento das microrregiões através de portarias específicas.

Orgânicos
No caso dos orgânicos, são 12 produtores certificados pelo IMA, cuja maioria pertence ao grupo de agricultura familiar. Eles são responsáveis por mais de 100 produtos, como frutas, hortaliças, café e grãos, de acordo com Lucas Silva Ferreira Guimarães, também da Gerência de Certificação.

Fonte: Jornal do Brasil

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