Cepea: número de trabalhadores no agro é o maior desde 2016
Segundo o Cepea, em termos absolutos o total de empregados no setor agro atingiu 18,41 milhões de pessoas no terceiro trimestre deste ano, número que não era observado desde o segundo trimestre de 2016. “Já a evolução do contingente de trabalhadores do País foi de 1,52% no mesmo período. Com isso, a participação do setor agro no total de ocupados no Brasil foi de 19,88% no período de julho a setembro de 2018.”
Ao analisar as variações no número de pessoas ocupadas registradas entre os segmentos que compõem o agronegócio no período analisado (entre o segundo e o terceiro trimestres), o Cepea constatou que houve crescimento de 3,12% na atividades realizadas no segmento primário (dentro da porteira), para os agrosserviços (1,25%) e para a indústria de insumos (0,36%). Já para a agroindústria processadora, o resultado foi de leve queda de 0,21% no número de pessoal ocupado.
Em relação aos ramos da atividade, os pesquisadores do Cepea comentam que tanto a agricultura quanto a pecuária contribuíram para o aumento do número de ocupados atuando no segmento primário e, consequentemente, no agronegócio como um todo. “Especificamente, nota-se que as lavouras do café, cana-de-açúcar, laranja, produção florestal e soja foram as que mais influenciaram no desempenho positivo do segmento primário de base vegetal, ao passo que cereais e uva limitaram a performance. Já na pecuária, todas as atividades analisadas cooperaram para o crescimento da população ocupada no segmento, com destaque para a bovinocultura.
Eles destaca que o terceiro trimestre de 2018 marcou a tendência já observada nos últimos períodos no mercado de trabalho do agronegócio: “melhora no nível médio de qualificação da população ocupada total no setor, mas, ao mesmo tempo, aumento no nível de informalidade dos empregos”.
Ao avaliar o perfil quanto à posição na ocupação e categorias de emprego, o Cepea observou que na comparação entre o terceiro trimestre de 2018 e os três meses anteriores, houve aumento no contingente de empregados com (0,62%) e sem (1,48%) carteira assinada, bem como no número de trabalhadores que atuam por conta própria (3,31%.
No que se refere aos níveis de escolaridade, houve uma evolução positiva atrelada a empregos que demandam maior qualificação. “De fato, entre o segundo e o terceiro trimestres deste ano, o aumento de trabalhadores com qualificação em nível médio foi de 2,52% e, para o nível superior, 3,17%. Analogamente, a redução no número de empregados sem instrução persiste, sendo que, para o período analisado, a queda foi de 2,24%.”
Fonte: Revista Globo Rural e foto de Marcelo Curia/Ed. Globo