Cenário de abastecimento de café mundial é de precaução

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A OIC (Organização Internacional do Café) aumentou em 2,4 milhões de sacas, para 131 milhões de sacas a estimativa para a produção de 2011/2012, com um incremento nos volumes obtidos nas lavouras da Índia e do Peru, país que deve ter uma produção de 5,2 milhões de sacas e que já se posiciona entre "as maiores nações produtoras do grão".

A entidade intergovenamental também notou que a "situação do abastecimento é menor alarmante" na América Central, região em que os problemas climáticos parecem ter causados prejuízos menores que os esperados, sendo que se verificou, então, um aumento para estimativa de safra em países como Costa Rica, Honduras e Guatemala.

A "garantia de abastecimento regular" dessa região fez com que o mercado tivesse uma pressão menor, o que contribuiu para o declínio dos preços, que já caíram mais de 20% na bolsa de Nova Iorque ao longo de 2012.

No entanto, a Organização demonstrou preocupação quanto à continuidade das estimativas sobre a disponibilidade cafeeira, indicando que o Brasil, que em 2012/2012 terá um ciclo de alta, pode não ter o incremento de volume esperado para outras origens.

Por sua vez, o alto custo de produção e de insumos, como os de combustíveis, deve ter um impacto negativo sobre a produção, segundo a OIC, que sustenta que os cafeicultores devem "buscar reduzir o uso de vários desses insumos, o que poderá refletir em uma retração da capacidade produtiva."

A entidade evidencia que, diante desse quadro, mesmo o Brasil pode ter a garantia de uma produção consistente. A Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) avaliou que o Brasil deve produzir em 2012/2013 um montante de 50,6 milhões de sacas, 16,2% a mais que no ano anterior, sendo 37,7 milhões de sacas de arábica e 12,9 milhões de sacas de robusta.

"É importante notar que o tamanho dessa safra ainda é objeto de intenso debate subjetivo", indicou a Organização, que ressaltou que "alguns membros independentes do mercado avaliam que a produção deverá ser substancialmente maior que a da Conab", indicou.

"Alguns agrônomos, por outro lado, relatam poucas chuvas em várias regiões produtoras, principalmente na zona da Mata mineira, Espírito Santo e Bahia no momento de desenvolvimento do grão e isso pode afetar a produção", complementou.

Fonte: Diário Agrícola

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