Carvalhaes: Mesmo com safra recorde, 2018 não foi bom para o cafeicultor
Na sexta-feira (28/12), o contrato para março de 2019 do café arábica na Bolsa de Nova York ajustou para US$ 1,01 por libra-peso. No início do ano, o mesmo papel estava na cada de US$ 1,40. Situação semelhante acontece com o contrato de maio, que veio de US$ 1,45 no início do ano para fechar a US$ 1,04 na sexta-feira.
“No Brasil, além da queda no preço de venda de sua produção, os cafeicultores ainda tiveram de arcar com a expressiva alta dos principais insumos. Subiram forte os preços de fertilizantes, defensivos, combustíveis, energia elétrica e fretes. Mesmo tendo colhido uma safra recorde, não foi um bom ano para os produtores de café no Brasil”, avalia a empresa.
O Escritório Carvalhaes destaca, no entanto, que o produtor de café acredita em dias melhores. Um indicativo dessa “fé” no futuro dos negócios está na forte demanda por mudas para a renovação dos cafezais que, atualmente, representam menos de 1% de toda a área agrícola do Brasil. Ainda assim, o país consegue ser o maior produtor e exportador do produto.
Semana “calma”
A última semana de 2018 foi “calma” e desinteressada” para os negócios com café, de acordo com a empresa. Com os preços oscilando em Nova York nos últimos dias, o mercado físico brasileiro teve poucos lotes ofertados em meio ao ambiente de festas de fim de ano.
Diante do cenário, um cereja descascado de bom preparo era cotado entre R$ 430 e R$ 440 a saca de 60 quilos. Cafés de finos a extrafinos da Mogiana Paulista eram negociados entre R$ 420 e R$ 430. Uma bebida dura, de xícara mais fraca era negociada entre R$ 390 e R$ 400 a saca.
Fonte: Revista Globo Rural