Cápsulas estão mudando consumo de café no Brasil, afirma ABIC

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As cápsulas (monodoses) estão mudando o consumo de café no Brasil. A afirmação foi feita pelo diretor executivo da Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC), Nathan Herszkowicz. Ele conversou com a Agência SAFRAS durante o 23 Encafé (Encontro Brasileiro da Indústria do Café, que ocorreu de 11 a 15 de novembro, na Ilha de Comandatuba, localizada no município de Una, sul da Bahia. O Encafé é realizado pela ABIC.

Segundo Nathan, o 23 Encafé foi um sucesso de participação, com o maior número de participantes dos últimos cinco anos, com 106 empresas torrefadoras de café representadas no evento. Os principais assuntos estiveram voltados para a melhora na qualidade, como principal “motor” do aumento do consumo, e inovações. Com os consumidores mais informados e conectados, os cafés são cada vez mais consumidos pela qualidade. 

Quanto às inovações, o grande destaque ficou com os cafés em cápsulas. Em valor, esse segmento no Brasil que teve receita de R$ 1 bilhão em 2014 deve aumentar para R$ 3 bilhões em 2016, observou Nathan. O valor agregado nas vendas desses cafés atraem cada vez mais as indústrias, com mais máquinas sendo compradas pelos consumidores. E o motivo para as indústrias estarem atraídas é simples. Cada cápsula contém apenas 6 gramas de café torrado e moído, e no final das contas a venda resulta em uma receita 27 a 30 vezes maior que o torrado e moído normal vendido no varejo.

Para o diretor da ABIC, organizadora do Encafé, o país terá mudanças em 2016 com as exportações de cápsulas de café brasileiro. “O Brasil pode ser a grande plataforma exportadora de cápsulas do mundo”, indicou.

Enquanto isso, ele observa que é difícil o país crescer nas vendas de café torrado e moído normais. Nesse setor é mais caro e competitivo exportar, comercialmente é uma tarefa difícil e ainda há muitas barreiras tarifárias. “É muito investimento para as indústrias com um resultado incerto”, disse.

Fonte: Safras & Mercado

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