Cafeicultura gera emprego e renda, apesar da pandemia

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Em plena safra, setor é responsável por importante aumento de contratações no agronegócio, enquanto demais setores demitem. Dia Nacional do Café é comemorado no domingo, 24 de maio.

A crise desencadeada pela pandemia da Covid-19 motivou a demissão de milhares de trabalhadores de setores do comércio, indústria e serviços. No agronegócio mineiro, o movimento de busca por trabalhadores é inverso. A colheita do café, iniciada nas últimas semanas, emprega milhares de pessoas. E, neste ano, terá importância socioeconômica ainda maior para o país.

“Além de absorver mão de obra e gerar renda direta e indiretamente, a atividade aquece também outros setores da economia nos municípios produtores. Em Minas, maior produtor de café do Brasil, mais de 600 dos 853 municípios têm a cafeicultura como principal atividade econômica”, lembra o vice-presidente do Sistema FAEMG e presidente das comissões Estadual e Nacional de Cafeicultura, Breno Mesquita.

O estado responde por metade da produção brasileira, e cerca de 20% do total mundial. A cadeia produtiva do café em Minas gera milhões de empregos, desde a produção de insumos até o preparo para consumo. As lavouras de café contribuem com geração de divisas, renda e qualidade de vida para as pessoas envolvidas.

Importância econômica do café para Minas Gerais
• Minas deve responder, em 2020, por 52% da produção nacional
• Cerca de 4 milhões de empregos são gerados em toda a cadeia produtiva do grão
• Entre 30 e 32 milhões de sacas – é a estimativa de colheita para este ano
• Incremento de até 30,7% em relação à temporada anterior, por causa da bienalidade positiva (Conab)
• Valor Bruto da Produção (VBP) da cafeicultura em 2020 é estimado em R$ 16,7 bilhões em MG, representando 61% do VBP nacional do setor
• MG exportou, em 2019, aproximadamente 27 milhões de sacas, movimentando US$ 3,5 bilhões. Principais destinos: EUA, Alemanha e Japão
• As remessas internacionais de café naquele ano representaram 44,6% das exportações totais do agronegócio mineiro

Importância econômica do café para o Brasil
• Exportações Nacionais de Café (total): 40,4 milhões de sacas em 2019
• O café representou em 2019 cerca de 5,3% das exportações nacionais do agro, atrás do complexo de grãos (42,1%), carnes (17,1%), floresta (13,3%) e sucroenergético (6,5%)
• O VBP da cultura deverá ficar em aproximadamente R$ 27 bilhões em 2020
• 8,4 milhões de empregos em toda a cadeia
• A Conab estima que a produção nacional na safra 2020 deve ficar entre 57 e 62 milhões de sacas. Crescimento de até 25,8% em comparação à temporada passada
• Em 2019/20, o Brasil representou 38,3% na produção, e 30,7% das exportações de café no mundo. Ou seja, mais de um terço do abastecimento mundial vem do Brasil

Coronavírus muda a rotina na colheita

A absorção de milhares de trabalhadores para atuar na colheita do café representou um desafio especial para as propriedades este ano. Por causa da pandemia do coronavírus, vários procedimentos de higiene e distanciamento tiveram que ser adotados para a segurança de todos.

O Sistema FAEMG (Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais) deu início às orientações semanas antes do começo da colheita no estado. A entidade produziu manual de orientações e realizou diversas transmissões ao vivo (lives) pelo Instagram, com tira-dúvidas, e videoconferências de instrução para os Sindicatos de Produtores Rurais (que atuam como multiplicadores nos municípios) e para os técnicos que atendem aos produtores.

Além disso, através do SENAR Minas, estão sendo distribuídas máscaras de tecidos aos produtores e seus funcionários em todo o estado. Em maio, 20 mil máscaras serão distribuídas. Para junho, estão previstas outras 30 mil.

Fonte: Assessoria de Imprensa Senar Minas

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