Cafeicultores familiares aprendem a utilizar a internet para se manter conectados com o mercado

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Cafeicultores familiares de Minas Gerais estão aprendendo a utilizar o computador para gerenciar as atividades no campo, enviar e-mails e acessar informações de mercado. Por meio de uma parceria entre a Emater-MG, Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) e a Iniciativa do Comércio Sustentável, os produtores agora podem participar de cursos gratuitos sobre sustentabilidade na cafeicultura e informática.

As aulas são realizadas em 14 municípios, nas regiões produtoras do Sul de Minas, Zona da Mata e Vale do Jequitinhonha. São eles: Laginha, Alfenas, Poço Fundo, Três Pontas, Ouro Fino, Conceição das Pedras, São Gonçalo do Sapucaí, Pedralva, Muzambinho, Juruaia, Guaxupé, São Pedro da União, Carangola e Capelinha. Os cursos têm duração de três meses, com uma aula por semana. Na parte de informática, os produtores têm aulas sobre Word, Excel, acesso à internet e também aprendem como criar um e-mail. Para o primeiro semestre deste ano, foram montadas 14 turmas, cada uma com média de 12 alunos.

Segundo o coordenador estadual de Cafeicultura da Emater-MG, Bernardino Cangussú Guimarães, o mercado do café é muito dinâmico e os cafeicultores precisam de informações de qualidade para evitar prejuízos. “Muitas vezes essas informações, que agregam valor à produção, estão disponíveis em sites. Se o produtor não consegue acessá-las, ele perde dinheiro e oportunidade de conhecimento”, afirma.

O produtor de café e leite Mário Aparecido de Abreu, do município de Ouro Fino, é um dos mais animados do curso. “Tem ajudado muito. Sabendo utilizar o computador, eu consigo ver preços do café e leite. Isso é importante para eu vender o meu produto por um preço adequado”, diz.

As aulas são realizadas em 14 municípios, nas regiões produtoras do Sul de Minas, Zona da Mata e Vale do Jequitinhonha (Foto: Divulgação/Emater-MG)

Sustentabilidade

Outro eixo trabalhado nos cursos é a sustentabilidade na cafeicultura. Nas aulas são abordadas questões sobre o manejo da água na lavoura, conservação do solo, controle de doenças e pragas. Bernardino Cangussú lembra que a intervenção humana no meio ambiente gera danos e que é preciso adotar práticas para a recuperação e conservação do ambiente.

“Esse tema sustentabilidade discute como vamos utilizar essa terra e deixá-la igual ou melhor do que a forma que a recebemos de nossos pais. O que a gente vê é uma preocupação grande dos produtores com essa questão. E o que nós fazemos é levar a eles tecnologias para que consigam a melhoria desse ambiente”, diz Cangussú.

Odair Barbosa, outro produtor do município de Ouro Fino, sabe da importância da sustentabilidade na cafeicultura. Desde 2009 a propriedade dele é certificada pelo Certifica Minas Café. O programa estadual prepara o produtor para atender exigências do mercado internacional, seguindo padrões de sustentabilidade, melhorando a forma de atuar na propriedade. Segundo Odair, o curso ministrado pela Emater-MG sobre sustentabilidade está ampliando os seus conhecimentos. “A gente quer sempre aprender mais. É preciso melhorar. E o curso tem nos ajudado”, relata.

O tema sustentabilidade na cafeicultura é trabalhado nas aulas por técnicos da Emater-MG. A parte de informática fica sob responsabilidade de um profissional da área contratado para os cursos. A Emater-MG também é a responsável pela mobilização e organização dos produtores interessados a participar das aulas. No segundo semestre, a partir de agosto, serão oferecidos os mesmos cursos em municípios a serem definidos. Os interessados devem procurar o escritório da Emater-MG para fazer a inscrição, assim que as turmas forem anunciadas.

Fonte: Agência Minas Gerais

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