Cafeicultores esperam Plano Safra para planejar ano de atividade

Direto da maior feira de café irrigado do Brasil, a Fenicafé em Araguari (MG), discussões sobre o futuro do mercado cafeeiro acontecem a fim de que a classe trabalhadora se entenda e coloquem a prova os problemas enfrentados atualmente. Um dos muitos é começar a pensar na renda que é esperada para o ano.

Carlos Paulino, presidente da Cooxupé, presente no evento, confirma a perspectiva de analistas norte-americanos sobre uma tendência de melhoria nos preços do grão em função da demanda crescente e oferta pequena ao médio prazo, no entanto, afirma que para fazer projeções no Brasil, é preciso ter definida qual será a política governamental adota pelas autoridades para ajudar o cafeicultor.

Segundo ele, se os recursos injetados no setor ajudarem produtores na colheita, bem como, para que eles não precisem vender esse café ao longo do ano a qualquer preço, as elevações financeiras irão aparecer e o mercado reagir. “Se o produtor tiver recurso suficiente, não vai vender barato porque sabe que a perspectiva no futuro é boa”.

Já existe a expectativa de uma safra de 40 milhões de sacas de café arábica, o mais importante para exportação e comercialização interna e, quando se fala em recursos, o produtor espera segurando desde os quatro meses da sua colheita até durante os doze meses do ano para ter espaço no comércio.

Para tal, é aguardado o plano safra com liberação de Funcafé para colheita e políticas de leilões de opção e PEPRO para demandar o setor. “O Governo não está muito receptivo a essa idéia, mas nós temos que trabalhar com nossas lideranças para ver se consegue um PEPRO a fim de que possa compensar a diferença de preço do mercado ao preço mínimo”.
Na próxima sexta (26), a Cooxupé realizará uma assembleia em sua sede com esses e novas questionamentos sobre a cafeicultura brasileira, com participação do jornalista João Batista Olivi.

Fonte: Notícias Agrícolas