Cafeicultores buscam certificações para conquistar o mercado externo

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Representantes do Consulado da República de San Marino estiveram em Caconde, SP, na terça-feira (31), para conhecer a produção do café. O objetivo é que os produtores façam a venda direta para países da Europa interessados no produto, mas, para isso, eles precisam se adequar.

A região de Caconde é uma das maiores produtoras de café do Estado de São Paulo com cerca de 1,2 mil cafeicultores que produzem cerca de 250 mil sacas por ano.

Há um ano, o produtor rural Alfredo Eduardo Elias Gonçalves faz melhorias na propriedade para poder investir na exportação direta.

A negociação será com o importador, sem atravessadores. Mas atender aos mercados internacionais exige investimento e qualificação. Para ser certificado, Gonçalves melhorou as instalações e implantou procedimentos que asseguram condições de trabalho aos funcionários, manejo correto de resíduos e a preservação do meio ambiente. “Espero que possa ter bons frutos e não é um investimento que vai ser retornável com rapidez”, disse.

Ao todo, são 140 hectares de área plantada. A estimativa é de que próxima safra será de 3 mil sacas, de 60 quilos cada. Metade da produção é de café com alta qualidade para exportação.

Os grãos ensacados em máquinas e recebem lacre e código de barras. São as garantias de que a produção vai chegar com todas as características exigidas pelo importador. “Hoje a Europa e os Estados Unidos pedem a total rastreabilidade em função de agrotóxicos e a sustentabilidade em função da área total da fazenda”, explicou o produtor Gonçalves.

A capacitação dos funcionários também faz parte da certificação e garante que nenhum procedimento seja esquecido na lavoura. “O treinamento e todo o tipo de manuseio correto para ele trabalhar e fazer um café de qualidade”, destacou o gerente de fazenda André Moreira de Souza.

A possibilidade da exportação direta para países da Europa traz para os pequenos e médios produtores novas chances de negócios e mais qualidade a produção. “A República de San Marino deseja ser um polo difusor da excelência dos cafés especiais brasileiros. Interessante para San Marino e muito bom para o Brasil”, disse o assessor técnico do consulado da República de San Marino Alexandre Affareli.

Os pequenos produtores estão otimistas com a chegada de novos consumidores. Alguns já começaram a buscar as certificações para valorizar a produção. Eles esperam que as parcerias no exterior gerem um lucro maior. “Através da associação nós temos 34 membros que estão correndo atrás disso para que nós possamos vender agregando valor”, explicou o presidente da Associação Agropecuária de Caconde, Odécio Fernando de Faria.

Os grãos de café são ensacados em máquinas e recebem lacre e código de barras (Foto: Reprodução/EPTV)

Fonte: G1 São Carlos e Araraquara

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