Cafeicultor de Conceição das Pedras conquista 2º lugar geral no Cupping ATeG

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O produtor José Maurício de Souza, de Conceição das Pedras, ficou com o segundo lugar geral e o segundo pela região do Sul de Minas, no 4º Cupping de Cafés Especiais ATeG, do Sistema FAEMG/SENAR/INAES. A premiação foi na categoria natural. Essa foi a primeira vez que ele participou do concurso. O resultado saiu na Semana Internacional do Café (SIC).

“Ter participado foi uma grande satisfação, melhor ainda quando soube que fiquei com o segundo lugar na classificação geral. Agradeço a todos que me apoiam para produzir cada vez mais cafés com excelente qualidade. No ano que vem, espero participar e ficar com o primeiro lugar”, comentou satisfeito o cafeicultor.

De acordo com o técnico Rodrigo Doval, ele é muito dedicado nos processos pós-colheita e sempre esteve acima da média do grupo. Esse manejo cuidadoso com o café agrega qualidade e valor ao grão. O produtor fez alguns processos fermentativos neste ano e já conseguiu vender o café, que será exportado para a Europa com bons preços, bem acima da média do mercado.

Na evolução técnica da lavoura (safra 2017/2018), fechamento do biênio, José Maurício teve uma produtividade de 38,7 sacas por hectare. Na safra 2019/2020, esse número passou para 40,6 sacas por hectare. Segundo Rodrigo, foram quatro anos de muito trabalho e dedicação e os dados demonstram o interesse do produtor em buscar novas tecnologias para melhorar a qualidade e a produtividade do café.

“O diferencial do José Maurício está nos processos de pós-colheita do café. Secagem homogênea, descanso do lote, indução da fermentação, capricho, limpeza, colheita de frutos maduros, boa nutrição, adubação e tratamento do solo. Todos esses aspectos contribuíram para o bom resultado no concurso”, avaliou o técnico Rodrigo.

Sítio do Engenho

A propriedade do cafeicultor fica na região da Mantiqueira. São 11 hectares de café das variedades Catuaí Vermelho, Amarelo e Mundo Novo. A altitude média da fazenda é de aproximadamente 1.060 metros e o ponto mais alto tem 1.260 metros, em relação ao nível do mar. O sítio tem hoje 50 mil pés de cafés, secador, equipamentos para limpar o grão e máquinas agrícolas. “Estamos nos preparativos para montar um lavador de café e um terreiro suspenso”, explicou o produtor.

A produção de cafés começou em 1973 com o senhor José Borges dos Reis; na época, eram cerca de dois mil pés de café. Hoje o sítio é administrado pelo cafeicultor, da terceira geração, que já trabalha o processo de sucessão com os filhos.

Fonte: Assessoria de Imprensa Senar Minas – Regional Lavras (Por Lisa Fávaro)