Café tem maior alta diária em quase dez anos na Bolsa de NY

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O café arábica registrou o maior ganho porcentual diário em quase uma década na Bolsa de Nova York, com a percepção de que as chuvas do fim de semana em áreas de cultivo do Brasil foram insuficientes para melhorar as condições das lavouras. O clima quente e seco vem prejudicando o desenvolvimento dos frutos do café e, segundo algumas estimativas, cerca de 10% da safra já foi perdida.

O Brasil produz um terço do café consumido no mundo e o mercado já considera a possibilidade de um déficit da commodity na próxima temporada. Para alguns analistas, os preços podem alcançar nas próximas semanas os 200 centavos de dólar por libra-peso, nível registrado pela última vez em março de 2012. Ontem, o contrato com vencimento em maio subiu 8,8%, a 154,85 centavos.

O açúcar bruto avançou 3,2%, após a projeção de que pelo menos 35 milhões de toneladas de cana da safra 2014/15 serão perdidas devido às condições climáticas desfavoráveis no Brasil.

Caso a estimativa se confirme, a produção do País deve ficar estável em relação à safra passada, em 596 milhões de toneladas.

Na Bolsa de Chicago, a Soja ganhou 1,7%, também influenciada pelo clima em áreas produtoras do Brasil, maior exportador mundial. Além disso, a demanda externa continua firme pelos estoques norte-americanos do grão. De acordo com a meteorologia, a umidade do solo no Rio Grande do Sul ainda não é ideal, enquanto o excesso de chuvas no Mato Grosso pode atrasar a colheita, que já está em mais de 30%.

Fonte: O Estado de S. Paulo via CNA – ASSUL

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