Café: queda no índice de oferta preocupa
“Indica que as empresas de todos os portes não têm a oferta regular de café em grão, com o abastecimento difícil”, diz a associação, responsável pela elaboração do índice. Na semana anterior, o Ioci estava em 6,75 pontos, sinalizando suprimento “seletivo”.
Para a indústria, o quadro relata a produção menor na última temporada, sobretudo da variedade conilon. A nova safra de café chega no mercado no segundo semestre.
Considerando apenas a oferta de café conilon, cuja safra no Espírito Santo, principal Estado produtor, foi prejudicada nos últimos dois anos pela estiagem, o Ioci variou de 6,42 para 4,27 pontos, também passando a indicar oferta crítica.
“A oferta de conilon pode estar prejudicada, e as empresas reportam que não encontram vendedores para lotes de conilon de quantidade grande. A expectativa de safras menores em 2017 acentua a preocupação de se buscar uma solução imediata para essa crise de abastecimento”, diz a Abic na nota.
Preços – De acordo com o Cepea, os preços internos do café robusta seguem em queda, refletindo a intensificação da colheita no Brasil. O ritmo de negociações da variedade está lento, com poucos agentes ativos. Nesta terça-feira, 18, o Indicador Cepea/Esalq do tipo 6, peneira 13 acima, a retirar no Espírito Santo, fechou a R$ 407,82/saca de 60 kg, recuo de 1,7% em relação à terça anterior, 11.
Para o arábica, a liquidez também segue baixa, com a disparidade entre vendedores e compradores restringindo maiores quantidades comercializadas. Além disso, a relativa estabilidade das cotações externas de arábica e do Real frente ao dólar também tem limitado as negociações. Entre 11 e 18 de abril, o Indicador Cepea/Esalq do arábica tipo 6 bebida dura para melhor, posto na capital paulista, avançou 1,1%, fechando a R$ 479,24/saca de 60 kg na terça.
Fonte: Estadão Conteúdo