Café pode ter safra recorde de 50,45 milhões de sacas

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A produção de café, que está em fase inicial de colheita em algumas regiões, deve atingir na safra 2012/13 o recorde de 50,45 milhões de sacas, em virtude dos melhores tratos culturais empregados pelos agricultores, como podas e adubação das lavouras. A segunda maior produção, de 48,48 milhões de sacas, foi registrada na safra 2002/03.

A explicação é do diretor de Política Agrícola da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Sílvio Porto, ao destacar que este ano é de bienalidade positiva dos cafeeiros. As plantas dos cafés da variedade arábica, a mais cultivada, alternam entre anos de safra de grande rendimento e de baixa produtividade.

A produção esperada para este ano é 16% superior à colhida ano passado, que foi de bienalidade negativa, com colheita de 43,48 milhões de sacas. Em relação à safra 2010/11, a última de bienalidade positiva, quando foram colhidas 48,09 milhões de sacas, o aumento foi de 4,91% (2,36 milhões de sacas).

Segundo a Conab, o levantamento mostrou que a área cultivada de café totaliza 2,346 milhões de hectares, que é 3,20% superior à do ano passado. Houve aumento de 68.378 hectares. A área de cafezais em formação aumentou em 53.609 hectares (+24,18%) e atingiu 274.290 hectares. Já os cafezais em produção aumentaram em 68.378 hectares (0,72%), para 2,071 milhões de hectares.

A produção de café em Minas Gerais, maior produtor brasileiro, é estimada em 26,44 milhões de sacas, volume 20,1% superior ao da safra passada. Em relação ao último ano de bienalidade positiva a produção aumentou 5,9%. A Conab atribui o melhor desempenho ao crescimento da área plantada e melhora dos tratos culturais, incentivados pela recuperação dos preços do café. O crescimento só não foi maior em razão das adversidades climáticas observadas em algumas regiões.

No Espírito Santo, segundo maior produtor, a produção é estimada em 12,216 milhões de sacas, volume 5,5% superior ao da safra passada, quando foram colhidas 11,573 milhões de sacas. A produção do café conilon é estimada em 9,355 milhões de sacas, volume 10% superior ao colhido no ano passado (8,494 milhões de sacas).

Já a produção do café arábica capixaba apresenta redução de 7,1% e foi estimada em 2,86 milhões de sacas, apesar de este ser ano de bienalidade positiva das plantas desta variedade. Os técnicos da Conab explicam que a redução se deve a fatores como estresse hídrico e atraso nas chuvas, além de temperaturas baixas e pouca insolação, principalmente nos períodos de flotação, fertilização, pegamento e enchimento dos frutos.

Em relação à forte queda dos preços do café no mercado internacional nos últimos três meses, Silvio Porto afirmou que embora tenha ocorrido redução no consumo, por conta da crise financeira no continente europeu, as perdas se devem a movimentos especulativos nas bolsas de futuros, pois os fundamentos mostram que os estoques de café continuam apertados.

Fonte: Agência Estado

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