Café: governo está consciente da necessidade de cuidar do meio ambiente, diz Silas Brasileiro

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A preocupação global com o meio ambiente está na pauta do governo brasileiro, de acordo com o presidente do Conselho Nacional do Café (CNC), Silas Brasileiro. “Hoje, o meio ambiente é a grande preocupação do mundo. O governo está consciente da necessidade de cuidar do meio ambiente”, disse ele, durante o 1º Forum de CEOs e Líderes Globais, promovido pela Organização Internacional do Café (OIC), em Londres.

Durante o painel “Promover o crescimento responsável e equitativo” foram apresentadas várias formas de levar uma renda digna aos produtores por parte de grandes players, como executivas da Nestlé e da Mellita, além de um representante do governo alemão. Brasileiro defendeu que todas as iniciativas deveriam ser encaminhadas para a OIC. “O fortalecimento da OIC é importante para que todos possam compartilhar experiências e produzir cafés sustentáveis”, argumentou.

O presidente do CNC salientou aos participantes que 85% da produção doméstica é representada por pequenos produtores, com menos de 10 hectares, e que necessitam de apoio governamental para garantirem o mínimo de renda para manter sua propriedade. “Padecemos da mesma dificuldade de todos os demais produtores”, comparou, acrescentando que boa parte da renda atual não cobre os custos de produção.

Um diferencial do Brasil, segundo ele, é o investimentos em pesquisa. “Cafés especiais e de qualidade são coisas que temos focado no Brasil”, disse. Mais cedo no mesmo evento, o presidente da Illycaffé, Andrea Illy, recomendou ao setor cafeeiro parar de tratar o grão como uma commodity se quiser garantir a sustentabilidade da atividade no futuro. Brasileiro enfatizou que há iniciativas no País que têm agregado valor para o produtor doméstico e têm sido um diferencial. “Como a legislação brasileira é muito rígida, tanto na área social quanto na ambiental, nos obriga muito a ter boas práticas”, ressaltou.

Brasileiro foi questionado por um membro da plateia sobre a experiência do País de administrar estoques. Ele explicou o funcionamento do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé), que é formado por sete membros da iniciativa privada e mais sete do governo e é presidido pela ministra da Agricultura, Tereza Cristina. “O recurso é para que o agricultor guarde o excedente em armazéns e venda o produto em momentos de melhor preço. Nesse período há o pagamento de juros, que são baixos e o contrato é válido por 12 meses podendo ser renovado por mais 12 meses. O próprio produtor busca recursos a juros baixos”, disse. Atualmente, segundo ele, a orientação é de oferta de café no mercado para 12 milhões de sacas.

Fonte: Agência Estado (Por Célia Froufe) via CNC

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