Café filtrado pode ajudar a diminuir risco de diabetes tipo 2, revela pesquisa

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Uma nova pesquisa desenvolvida pelas Universidades de Tecnologia de Chalmers e de Umeå, ambas na Suécia, revelou que o modo como se prepara o café pode ajudar a reduzir o risco de desenvolver diabetes tipo 2. A informação foi publicada pelo portal Exame.

Atualmente, o diabetes do tipo 2 afeta cerca de 14 milhões de brasileiros, de acordo com a Federação Internacional de Diabetes. A doença dificulta a produção de insulina pelo pâncreas, necessária para o bom funcionamento do organismo humano.

O estudo sueco buscou diferenciar os efeitos do café filtrado e do café fervido no tratamento de diabetes. Para tal, inseriram biomarcadores – moléculas específicas para medir o resultado dos testes realizados – na corrente sanguínea dos participantes do estudo.

Quem bebeu de duas a três xícaras por dia de café filtrado apresentou um risco 60% menor do que os disseram ingerir menos de uma xícara inteira de café filtrado diariamente.

A fim de diferenciar os resultados do café fervido e do filtrado, os pesquisadores utilizaram uma técnica chamada metabolômica, que identifica a concentração sanguínea de moléculas específicas – biomarcadores – em um alimento ou bebida.

Em nota, Lin Shi, pesquisador e principal autor do estudo, informou que a obtenção de informações por esse método é mais precisa do que os métodos tradicionais: “A metabolização é uma ferramenta fantástica, não apenas para capturar a ingestão de alimentos e bebidas específicos, mas também para estudar os efeitos que essa ingestão tem no metabolismo das pessoas. Podemos obter informações importantes sobre os mecanismos por trás de como certos alimentos influenciam o risco de doença”, explicou Shi.

O café fervido não surtiu efeito relevante sobre o desenvolvimento de diabetes no organismo humano. Conforme Rikard Landberg, professor de ciência de alimentos da Chalmers e um dos pesquisadores envolvidos no estudo, filtrar o café é a melhor maneira de tentar retardar o desenvolvimento: “Mas foi demonstrado que, quando você filtra o café, os diterpenos são capturados no filtro.

Uma vez que os dados utilizados no estudo foram coletados nos anos 90 em locais como os Estados Unidos e a Escandinávia, onde o café filtrado é o mais comum, o estudo não investigou os efeitos do café instantâneo e do expresso, entre outros, no organismo.

Por outro lado, Landberg acredita que os efeitos apresentados pelos cafés preparados dessas maneiras são semelhantes aos do café fervido. Porém, os pesquisadores apontaram ser importante levar em conta a forma pela qual os grãos de café, e a bebida em si, são gerenciados até chegarem para o consumidor.

Fonte: Redação Yahoo

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