Café faz MG superar o RS em receitas neste ano

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Mato Grosso, um dos principais produtores de grãos do país, está perdendo R$ 3,9 bilhões de receitas neste ano em relação a 2009, o que pode inibir o crescimento médio da renda global dos produtores do país.

Minas Gerais, Paraná e São Paulo compensaram a perda dos mato-grossenses. Com isso, o Valor Bruto da Produção nacional projetado para este ano está em R$ 163,8 bilhões, um pouco acima dos R$ 163,5 bilhões de 2009.

Os dados foram divulgados pelo Ministério da Agricultura e consideram o volume de produção do IBGE (divulgados neste mês) e a média de preços da FGV até maio.

Como os preços estão em recuperação desde junho, inclusive os de soja e milho, a renda dos produtores neste ano pode superar a de 2009, segundo José Gasques, coordenador de Planejamento Estratégico do Ministério da Agricultura.

Uma das novidades dos dados mais recentes do ministério é Minas Gerais. A boa safra de café deve render R$ 7,3 bilhões para os mineiros, 31% a mais que em 2009.

Cana-de-açúcar e batata também auxiliaram a recuperação das receitas no Estado, que somaram R$ 16,5 bilhões neste ano. Ao atingir esse valor, o Estado roubou a quarta posição do Rio Grande do Sul na lista dos Estados com maior renda.

O Paraná, devido ao "efeito quantidade", está com aumento de 19% nas receitas deste ano em relação às de 2009, diz Gasques. Os paranaenses, devido à soja e ao trigo, estão obtendo receitas de R$ 21,9 bilhões neste ano.

São Paulo, o líder no valor da produção -R$ 27,5 bilhões-, deve ter crescimento de apenas 2,8% no ano.

Um dos melhores rendimentos em porcentagem fica por conta de Santa Catarina, onde o valor bruto cresceu 25,2%. O Estado não é grande produtor de grãos, mas se destacou no fornecimento de cebola.

Como o preço da cebola teve aumento real de 119% neste ano, as receitas dos produtores do Estado com esse produto subiram para R$ 1,4 bilhão, 507% mais do que no ano passado.

No limite O preço do dianteiro com osso, a R$ 5 o quilo, está perto do limite para o consumidor. É o que disse o economista Alexandre Mendonça de Barros para pecuaristas reunidos ontem na Interconf, em Goiânia.

Longe dos EUA O Brasil é o segundo maior confinador de bovinos do mundo: 2,7 milhões de cabeças. A liderança fica com os EUA, que têm 25 milhões, afirmou o norte-americano David Hutcheson, que também participou do evento.

Fonte: Folha de São Paulo

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