Café: Exportações brasileiras registram bom desempenho

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O CECAFÉ – Conselho dos Exportadores de Café do Brasil divulgou esta semana os embarques brasileiros de  café no mês de maio. Os números confirmam o excelente desempenho de nossas exportações e chegam a surpreender.

Faltando ainda os embarques de junho para completarmos o ano-safra 2010/2011, já embarcamos 32 253 997 sacas de  café, batendo o recorde, de embarques dentro de um ano-safra, de nossa longa história de exportadores de café.

Com os  embarques de junho, muito provavelmente fecharemos o ano-safra 2010/2011 totalizando mais de 34 milhões de sacas  embarcadas! É um número excepcional, que não poderemos repetir na safra 2011/2012. Não temos estoques dignos deste  nome e para repetirmos o desempenho do atual ano-safra precisaríamos colher aproximadamente 54 milhões de sacas  neste ano de ciclo baixo.

Mesmo com o excepcional desempenho das exportações de café do Brasil, maior produtor e exportador do  mundo, os estoques de café nos países consumidores não crescem de maneira consistente. Nossos bons embarques estão  sendo consumidos! 

Se adotarmos para os próximos anos um crescimento conservador do consumo mundial, de 1,5% ao ano, serão  necessárias aproximadamente mais dois milhões de sacas ao ano. Em dez anos, o mundo precisará de um aumento de  área plantada com café maior que a do Vietnã, segundo maior produtor do mundo. Esses números explicam  o  nervosismo que se abate sobre o mercado de café.

Correm bem os trabalhos de colheita da nova safra brasileira. Os grãos estão igualados nas árvores e as primeiras amostras que chegam a nossas mãos apresentam muito boa qualidade. Se no decorrer da colheita for  confirmada a boa qualidade dos grãos, deveremos ter um volume menor de quebra no preparo dos lotes para exportação,  sobrando menos café para o consumo interno.

O que está diferente este ano é o início do período de comercialização. Os cafeicultores não mostram pressa em  vender, recusando a maioria das ofertas dos compradores. Os preços são remuneradores para todos os produtos agrícolas  e os produtores parecem capitalizados e conscientes do acerto em diversificarem suas lavouras. Chama a atenção o fato  do café, apesar do recorde histórico em volume e receita, não conseguir um dos primeiros lugares na pauta de exportação  do agronegócio brasileiro. Grande parte dos produtores brasileiros não depende mais só do café como no passado. Em  1960, cinqüenta por cento da receita cambial brasileira provinha das exportações de café. Hoje a participação do café não  chega a três por cento.

O CECAFÉ – Conselho dos Exportadores de Café do Brasil, informou que no último mês de maio foram  embarcadas 2.622.471 de sacas de 60 kg de café, aproximadamente 4% (94.239 sacas) a mais que no mesmo mês de  2010 e 4% (120.580 sacas) a menos que no último mês de abril. Foram 2.040.935 sacas de café arábica e 344.758 sacas  de café conillon, totalizando 2.385.693 sacas de café verde, que somadas a 230.651 sacas de solúvel e 6.127 sacas de  torrado, totalizaram 2.622.471 sacas de café embarcadas.

Até o dia 9, os embarques de junho estavam em 304.500 sacas de café arábica, 55.641 sacas de café conillon,  somando 360.141 sacas de café verde, mais 40.378 sacas de solúvel, contra 513.800 sacas no mesmo dia de maio. Até o  dia 9, os pedidos de emissão de certificados de origem para embarque em junho totalizavam 711.669 sacas, contra  963.371 sacas no mesmo dia do mês anterior.

A bolsa de Nova Iorque – ICE, do fechamento do dia 3, sexta-feira, até o fechamento de hoje, sexta-feira, dia  10, caiu contratos para entrega em julho próximo, 600 pontos ou US$ 7,93 (R$ 12,65) por saca. Em reais por saca, as  cotações para entrega em julho próximo na ICE fecharam no dia 3 a R$ 563,78/saca e hoje, dia 10, a R$ 560,06/saca. 

Sexta-feira, nos contratos para entrega em julho, a bolsa de Nova Iorque fechou com baixa de 185 pontos. No  mercado calmo de hoje, são as seguintes as cotações nominais por saca, para os cafés verdes, do tipo 6 para melhor,  safra 2010/2011, condição porta de armazém:

R$550/560,00 – FINOS A EXTRAFINOS – MOGIANA E MINAS.

R$520/540,00 – BOA QUALIDADE – DUROS, BEM PREPARADOS.

R$460/500,00 – DUROS COM XÍCARAS MAIS FRACAS.

R$370/420,00 – RIADOS. 

R$300/320,00 – RIO.

R$300/310,00 – P.BATIDA P/O CONSUMO INT.: DURA.

R$280/290,00 – P.BATIDA P/O CONSUMO INT.: RIADAS.

Os cafés cereja descascado (CD) bem preparados, não desmerecidos em cor, valem R$ 570,00/580,00 por saca. 

DÓLAR COMERCIAL DE SEXTA-FEIRA: R$ 1,5960 PARA COMPRA. 

Fonte: Noticias Agricolas

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