Café estrangeiro volta a ameaçar o Brasil

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cafeicultores-terminam-a-colheita-e-comemoram-boa-producao-em-2016-800-x-450O mercado do café está tão instável que as indústrias estão pressionando o governo para liberar a importação e alegam o desabastecimento como a causa principal do pedido. O deputado Evair de Melo (PV-ES) alerta que a importação seria uma grande ameaça para a produção do Brasil e para o produtor do Espírito Santo.

Segundo o deputado, um dos perigos é a falta de uma rigorosa fiscalização sanitária por parte dos produtores de fora que não possuem as mesmas preocupações com o controle de pragas e outras doenças, conforme existem no Brasil, causando o risco de contaminação das plantações nacionais. Outra justificativa seria a queda no preço que esse café importado poderia trazer ao mercado, o que causaria prejuízos enormes a quem já sofre por causa da estiagem que há três anos atinge o Espírito Santo.

Para resolver a questão num curto prazo do desabastecimento, segundo Evair de Melo, uma das soluções seria o governo liberar o estoque da Conab, em torno de 1,4 milhão de sacas, e o mercado fazer um levantamento dos estoques privados existentes em armazéns, cooperativas e outras entidades. Com esse levantamento poderia se saber qual a real situação do mercado.

Em um encontro ocorrido recentemente entre os representantes da cafeicultura capixaba, Egídio Malanquini, presidente do Sindicato da Indústria do Café do Espírito Santo (Sincafé) e vice-presidente da Associação Brasileira da Indústria do Café (ABIC), destacou que a situação exige muita atenção. “O governo poderia disponibilizar o estoque que tem na Conab. Sabemos que é pouco, mas atenderia parte da indústria e também ajudaria a estabilizar o preço para que ele não ocorra de forma elástica. O consumidor passa por uma crise econômica. Com essa divulgação da Conab e o levantamento de estoque privado teríamos um diagnóstico preciso.

Nessa reunião estiveram presentes representantes da Abic, Nestlé, Sincafé, OCB, Sicoob, SEBRAE, SENAR-ES, FAES, CNC, CDPC, INCAPER, Cetcaf, SEAG e Sindicatos Rurais.

Fonte: Jornal Fato

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