Café deve enfrentar problemas com armazenamento

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Israel de Souza Costa, da superintendência federal de agricultura em Minas do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (setor de café), visitou a Cooparaíso na sexta-feira (30), acompanhado de dois representantes também do Ministério, Haroldo Amaral e José Maurício da Mata, que atuam em Varginha. Eles estiveram em São Sebastião do Paraíso para conhecer e avaliar as instalações e área de armazenagem da Cooparaiso. A função dos profissionais é zelar pelo patrimônio que foi deixado pelo extinto Instituto Brasileiro do Café, sendo responsável por seis unidades em Minas, incluindo duas na Cooparaiso/Conab.

Para Israel Costa, o governo precisa se preocupar com a área de armazenagem. “Estive conversando com o presidente da Cooparaiso, deputado federal Carlos Melles, que é um grande batalhador pelas questões da cafeicultura e conhecedor da situação do setor. Eu e ele compartilhamos da preocupação de que é necessário ampliar a área de armazenagem de café em todo o país. Não adianta incentivarmos a produtividade se não tivermos capacidade de armazenamento”. Ele disse que é necessário abrir mais armazéns, e a falta deles é preocupante. “Estamos na fase de inicio da colheita e daqui a pouco teremos um volume grande de café para guardar. Não sabemos se teremos capacidade suficiente para armazenar a safra, que neste ano será maior. É preciso conversar com o governo para buscar subsídios a fim de aumentar a área de armazenagem”, disse o superintendente.

Quanto à qualidade dos armazéns que estão sob a responsabilidade deste setor do Ministério, Israel disse que estão em boas condições, garantindo armazenagem sem problema algum, com capacidade para preservar a qualidade do produto, o que é um dos itens mais importantes atualmente e fator exigido pelos compradores em potencial e pelo consumidor final.

Haroldo Amaral, que atua na área administrativa do Ministério no setor café, disse que a Cooparaiso é uma estrutura que está em permanente crescimento, tanto na qualidade quanto em quantidade, trabalhando para unir a produtividade à qualidade. “Hoje se vê empresas trabalhando muito para o aumento da quantidade e não se preocupando com a melhoria crescente da qualidade de seus produtos e serviços, mas a Cooperativa está no caminho certo e tenho certeza que vai cumprir suas metas, diante das ações que hoje conheci, como o treinamento de seus colaboradores e a busca por novos desafios, como a exportação do café torrado e moído para a França”, avaliou.

De acordo com José Maurício, a Cooparaiso vem prestando um excelente serviço ao seu quadro de cooperados, tanto economicamente, como a área de comercialização e armazenagem, o que vem engrandecer o setor.

Leilões

Com a grande participação dos produtores nos leilões do ano passado, a preocupação com a área disponível para armazenagem foi grande. “Se houvesse continuidade dos contratos de opções, nós teríamos um déficit de guarda para um milhão de sacas. “Houve falta de espaço e morosidade de entrega. Tanto o é que as unidades armazenadoras do governo estão em sua capacidade máxima. Queremos acreditar que este é o momento deste café ser comercializado sabiamente, tanto no mercado externo, como interno para dar um suporte ao pequeno e médio produtor”, encerrou Israel.

Fonte: Coffee Break

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